Patricia Pérez, assessora de imprensa da RFEF (Federação Espanhola de Futebol) confirmou em depoimento prestado nesta quinta-feira que Luis Rubiales, ex-presidente da entidade, que foi pressionada a dizer que Jennifer Hermoso havia aprovado a polêmica declaração em que se dizia que o beijo forçado na final da Copa do Mundo Feminina havia sido "espontâneo".
Estas pressões foram supostamente exercidas por vários dirigentes da federação, entre os quais Luis Rubiales. O irmão de Jenni Hermoso, Rafael, também prestou depoimento. Na última segunda-feira, o mesmo havia afirmado à justiça que também fora pressionado pelo alto escalão da RFEF para que Jenni afirmasse em suas declarações que o beijo foi consensual.
No dia 20 de agosto, a RFEF emitiu um comunicado indicando que Jenni Hermoso teria consentido com o beijo. Posteriormente, a própria jogadora desmentiu a nota, que continha declarações falsas. Nesta quinta, Pérez confirmou que foi coagida a emitir um comunicado falso em nome da Federação.
- O presidente e eu temos um ótimo relacionamento, o comportamento dele com todas nós tem sido 10 e foi um gesto natural de carinho e gratidão. Um gesto de amizade e gratidão não pode ser pensado, ganhamos uma Copa do Mundo e não vamos nos desviar do que é importante - dizia a nota em questão.
As próximas testemunhas perante o juiz de instrução do caso serão as jogadoras da seleção feminina Alexia Putellas, Irene Paredes e Misa Rodríguez. As três prestarão depoimento na próxima segunda-feira, 2 de outubro, como testemunhas. No dia 10 de outubro será a vez do ex-técnico feminino Jorge Vilda, do diretor da seleção nacional Albert Luque e do diretor de marketing da RFEF, Rubén Rivera, todos os três como réus.