O elenco do Valencia está receoso de retomar a rotina de treinamentos já na próxima segunda-feira. Isso porque, de acordo com informações do jornal El País, apesar dos 15 jogadores e 10 integrantes da comissão técnica que contraíram a covid-19 não terem apresentado sintomas, os espanhóis foram os maiores afetados entre os clubes de futebol.
O motivo pelo qual o Valencia registrou tantos casos do novo coronavírus foi porque o time disputou partidas nas cidades de Milão, na Itália, e Vitoria, na Espanha, dois epicentros da doença. Segundo o prefeito de Bérgamo, o duelo da Liga dos Campeões entre Valencia e Atalanta contribuiu muito com a disseminação.
Há exatamente um mês, todos os funcionários do clube foram submetidos a novos testes e os resultados foram negativos.
Diante dos rumores de que os treinamentos poderiam ser retomados já na semana que vem, o zagueiro Gabriel Paulista foi às redes sociais para expor a sua opinião.
"Eu não quero que por precipitação ou pressão financeira, que podemos entender, mas nunca priorizar acima das questões mais fundamentais, qualquer membro da família, amigo, colega de trabalho ou profissão possa ficar doente ou morrer … de fato após o terrível momento que ainda estamos passando, ninguém deve pegar ou morrer desta doença novamente", escreveu.
Além do brasileiro, o lateral-esquerdo Gayá, que foi diagnosticado com a covid-19, concedeu entrevista à rádio Cope e também demonstrou sua insatisfação.
"A liga pode ter uma ideia, mas se a Vigilância Sanitária não der o aval, a volta não vai acontecer. Todos faremos o que as autoridades de Saúde disserem. Mas somos pessoas além de jogadores e temos famílias. É normal que haja medo de contaminação", destacou.
