Ídolo recente do Milan, capitão em diferentes momentos e lateral com mais gols da história do clube, Theo Hernández deixou a Itália sem o desfecho que imaginava. Após seis temporadas em Milão, o francês se transferiu para o Al-Hilal por 25 milhões de euros (R$ 160 milhões). Cinco meses depois, ele revelou que a saída não foi uma escolha pessoal, mas resultado de pressão interna da diretoria.
Em entrevista ao 'La Gazzetta dello Sport', Theo afirmou que nunca teve a intenção de deixar o Milan.
"Minha vontade sempre foi ficar. Disseram que eu fazia exigências absurdas ou que queria sair, mas isso não é verdade. Eu esperava mais respeito", desabafou.
De acordo com o jogador, o clima mudou quando dirigentes deixaram claro que ele perderia espaço caso permanecesse no clube.
"Quando alguém da direção diz que vai te tirar do time se você ficar, fica difícil. A alternativa é buscar outro caminho", explicou.
O lateral reconheceu que atravessava um momento complicado dentro e fora de campo, mas acredita que poderia ter dado a volta por cima. Ele também citou erros cometidos, como expulsões em jogos importantes, mas ressaltou o lado humano do atleta.
"Não estava bem mentalmente, poderia ter rendido mais. Ainda assim, a torcida sabe quem fui no Milan", afirmou.
Theo destaca mudança de ambiente
Theo também destacou a mudança de ambiente após a saída de Paolo Maldini da diretoria. Para ele, o ex-dirigente foi fundamental em sua trajetória no clube.
"Tudo era diferente com ele. O dia em que nos encontramos foi inesquecível. Se me tornei o lateral com mais gols da história do Milan, devo muito a ele", contou.
O francês revelou que mantém contato com Maldini e guarda com carinho uma camisa autografada, com a mensagem: "Theo, meu digno herdeiro."
Por fim, o jogador disse que ficou machucado com algumas histórias divulgadas após sua saída.
"Há pessoas que tentam destruir a carreira e a vida de alguém. Doeu ler certas coisas, mas quem me conhece sabe que não são verdade", concluiu.
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