Muito criticados pelas atuações apagadas nas duas rodadas iniciais da Copa, ao contrário de Cristiano Ronaldo, que fez quatro gols nos dois primeiros jogos de Portugal, Neymar e Messi reagiram na hora decisiva e ajudaram bastante na classificação de Brasil e Argentina para as oitavas de final do Mundial. Já o craque português deixou muito a desejar no confronto com o Irã, na segunda (25), e por pouco não viu sua seleção eliminada ainda na fase de grupos.
Contra a Nigéria, na terça (26), Messi foi bastante efetivo e fez um dos gols da vitória da Argentina por 2 a 1. E na quarta (27), Neymar teve desempenho bem melhor que nos jogos anteriores e foi importante no triunfo do Brasil por 2 a 0 sobre a Sérvia.
Se a bola não chegava em Cristiano Ronaldo, nessa terceira rodada da Copa, Neymar e Messi ditaram o ritmo de jogo de suas seleções. Para se ter uma ideia dessa participação mais intensa da dupla de craques sul-americanos, Neymar tocou 65 vezes na bola contra a Nigéria. Messi, 49, no jogo com os africanos, e CR7, apenas 26, contra os iranianos.
Além do mais, Cristiano Ronaldo perdeu um pênalti no jogo que decidiu vaga para as oitavas. Se Neymar não deixou sua marca, pelo menos teve o mérito de cobrar o escanteio que deu origem ao gol de Paulinho – o que abriu o placar contra os sérvios.
Aliás, o comportamento de Neymar no terceiro compromisso do Brasil contrastou com o de CR7 na partida com o Irã. O brasileiro não reclamou nenhuma vez da arbitragem e caiu pouco em campo – em cinco oportunidades. Na partida anterior, contra a Costa Rica, tinham sido dez quedas dele.
Por sua vez, Cristiano Ronaldo forçou a barra num pênalti polêmico, e por ele desperdiçado, e se livrou de uma expulsão ao atingir um adversário sem bola – recebeu cartão amarelo. Nesse quesito, disciplina, Messi também ficou em débito na rodada – levou cartão amarelo por retardar o jogo numa cobrança de falta. Palmas para Neymar, que só se dirigiu ao árbitro na quarta-feira para cumprimentá-lo ao final da partida.