A Unimed deixa claro nas entrelinhas que quer se livrar dos gastos com os salários de Darío Conca. O meia argentino do Fluminense tem a maior parte dos direitos de imagem pagos pela ex-patrocinadora do clube carioca e, por isso, tornou-se oneroso para a instituição médica. O time das Laranjeiras tenta segurar o jogador e até aqui só recebeu proposta do Flamengo, recusada sem sequer ser passada para a ex-parceira. O Corinthians, outro interessado, só ficou na sondagem por enquanto.
"O vice-presidente de futebol do Fluminense, Mario Bittencourt, não apresentou nenhuma proposta do Corinthians. Nós sabemos do interesse e da sondagem, mas ainda não chegou nada. Só o Flamengo apresentou proposta oficial. O Bittencourt ligou só para dizer que recebeu a oferta e recusou", afirmou Celso Barros, presidente da Unimed, ao canal ESPN Brasil. Barros, contudo, não nega o interesse na venda do meio-campista, principal jogador da equipe.
"A nossa posição é esperar que seja apresentada ao Fluminense proposta pelo Conca pelos direitos federativos. Estamos pagando para atletas, sendo que não temos mais retorno de imagem do Fluminense. O certo seria sentar e discutir com o clube a melhor situação e liberá-lo, seja para Flamengo, Corinthians ou qualquer clube que pagar proposta", comentou o presidente da Unimed, que avaliou até o retorno do atleta à China como um possível destino, apesar de ainda não ter recebido ofertas.
Desde o fim da década de 90, a Unimed foi parceira do Fluminense no futebol, ajudando principalmente em contratações de jogadores e no pagamento de salários. A empresa deixou de ser apoiadora do clube por problemas financeiros no fim de 2014, mas ainda segue com contrato com jogadores e tem que arcar os compromissos. Barros ironizou o Flu sobre os atrasos nos pagamentos feitos pela empresa aos atletas.
"É interessante, o atleta Fred falou que não recebe há 23 meses a parte do Fluminense dos direitos de imagem e está tudo bem. A Unimed atrasa um mês e não está bem. Em nenhum momento a Unimed diz que não vai pagar nada. Temos compromisso contratual e vamos honrar. Tem atraso de um mês, um mês e meio, e tem que ser sanado. Não vamos deixar de pagar nada", contou Barros.
