A Caixa Econômica Federal e o Corinthians estão fazendo estudos conjuntos para entender se é possível levar adiante a ideia de quitar, por meio da negociação de naming rights, a dívida de R$ 653,1 milhões que o clube mantém com o banco pelo financiamento da arena corintiana. Juntos, pediram um valuation - processo que determina o valor financeiro de uma empresa, ativo ou investimento - do estádio e dos direitos de nome, que hoje pertencem à Neo Química, marca da Hypera Pharma.
Esse passo é uma forma de dar segurança à Caixa quanto ao valor real dos ativos corintianos. A certeza alvinegra é de que o acordo atual com a farmacêutica está defasado. Abater a dívida oferecendo os naming rights ao banco em troca do passivo, contudo, é apenas uma das opções estudadas pelos dois lados como solução para quitar o valor milionário.
As partes discutiram outras possibilidades, da alteração do índice de correção, hoje baseado no CDI (Certificado de Depósito Interbancário) acrescido de uma taxa fixa adicional de 2%, ao pagamento antecipado. Nessa segunda alternativa, a dívida seria paga de forma integral, com uma oferta inicial dos corintianos na casa dos R$ 350 milhões. Também foi discutida a comercialização de cotas por meio da abertura de um fundo imobiliário.
O movimento de buscar um novo acordo pelo naming rights não envolve apenas a Caixa. A própria Hypera Pharma negocia para renovar o contrato por um valor maior e há pelo menos mais três empresas interessadas. O clube espera resolver a situação até o fim do ano, mas não descarta estender as negociações até o final de janeiro.
Enquanto isso, a diretoria trabalha também para fechar um contrato mais vantajoso de patrocínio máster com Esportes da Sorte, sua atual patrocinadora. As conversas estão avançadas e o acorda está bem encaminhando.
