De mentor a companheiro de equipe: Farfus e Ebrahim dividem o cockpit no WEC em Interlagos

Dupla brasileira formada por Augusto Farfus e Pedro Ebrahim une experiência e juventude no cockpit da BMW nas 6 Horas de São Paulo

13 jul 2025 - 00h36
Pilotos da BMW compartilham uma história de amizade, admiração e aprendizado que começou muito antes de Interlagos
Pilotos da BMW compartilham uma história de amizade, admiração e aprendizado que começou muito antes de Interlagos
Foto: Paulo Abreu

Em um paddock repleto de estrelas internacionais, uma dupla 100% brasileira roubou a cena nas 6 Horas de São Paulo: Augusto Farfus e Pedro Ebrahim. Mais do que dividir o carro #31 da BMW M4 GT3 EVO os dois compartilham uma história de amizade, admiração e aprendizado que começou muito antes de Interlagos.

Pedro, aos 20 anos, está tendo uma estreia inesperada no WEC. Chamado de última hora para substituir Timur Boguslavskiy, por motivos de saúde, o curitibano descreveu a oportunidade como “uma das notícias mais felizes da vida” e não escondeu a emoção de correr ao lado de um ídolo que virou mentor — e agora, companheiro de time.

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“Correr em Interlagos sempre foi um sonho desde criança. Eu fui pra Europa com 17 anos e nunca imaginei voltar tão cedo para competir aqui”, contou Pedro. “E dividir o carro com o Augusto… ele era um ídolo, virou um irmão e hoje é meu companheiro de equipe. Não tem preço.”

Para Farfus, que carrega uma carreira consolidada no endurance e uma recente vitória nas 24 horas de Nürburgring, ver o pupilo ocupar o assento ao seu lado é motivo de orgulho:

“Ah, já que o Pedro falou que eu sou um irmão mais velho, já é muito bom! Porque eu ia falar que eu era tipo um tio pra ele, né?  Mas falando sério… o Pedro eu conheço há bastante tempo. Eu ajudo um pouco na carreira dele, nas decisões, e acompanho de perto o crescimento. Quando apareceu a vaga do piloto prata aqui no WEC, precisando de um jovem, o primeiro nome que veio à cabeça foi o dele.”

O veterano ainda destacou o preparo e a familiaridade do jovem com o carro: “Ele conhece muito bem o carro, já está há dois anos correndo com esse modelo, conhece Interlagos… foi uma escolha muito simples. Espero que essa seja uma grande oportunidade para ele se mostrar no WEC e mostrar a velocidade que tem.”

Ebrahim, por sua vez, lembra com carinho dos conselhos do “irmão mais velho”: “O Augusto me ensina desde como pilotar até como tomar café da manhã do jeito certo. Eu aprendo tanto com ele… além de ser um profissional incrível, ele é um ser humano fora de série. Me espelho nele em todos os aspectos da vida.”

Agora, juntos no cockpit, os dois brasileiros carregam não só o peso da bandeira verde e amarela no peito, mas também a responsabilidade de mostrar a força de uma parceria construída com admiração e confiança mútua.

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“É quase como manter uma equipe familiar: dois pilotos brasileiros, num carro brasileiro… acho que não tem como ser melhor”, concluiu Farfus.

Largando da 17º posição neste domingo (13), às 11h30, o público brasileiro terá a chance de ver essa dupla em ação no Autódromo de Interlagos, na disputa das 6 Horas de São Paulo pelo Mundial de Endurance. 

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