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Do obelisco a SP: Argentina vive euforia em independência

10 jul 2014 - 07h26
(atualizado às 07h27)
Milhares de argentinos festejaram a vitória e a independência na praça da República, em Buenos Aires, junto ao Obelisco
Milhares de argentinos festejaram a vitória e a independência na praça da República, em Buenos Aires, junto ao Obelisco
Foto: Martin Acosta / Reuters

No gramado de Itaquera eram apenas onze por um lugar na final. Mas nesta Copa do Mundo a verdade é que a Argentina nunca foi somente onze dentro de campo. Novamente empurrados pela torcida, de milhares no obelisco de Buenos Aires a outros milhares mais em São Paulo, eles festejaram a independência de seu país. Foi a primeira vez que os argentinos ganharam em 9 de julho desde 1971. Não poderia haver ocasião mais especial para quebrar esse jejum.

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Na semifinal marcada pela falta de gols e decidida nos pênaltis contra a Holanda, algumas cenas marcarão os argentinos em igual proporção. A celebração efusiva de Lionel Messi com a vaga confirmada. O salto de Sergio Romero para o chute de Wesley Sneijder. O desarme milagroso de Javier Mascherano sobre Arjen Robben aos 45min do segundo tempo.

“Hoje. Hoje você se converte em herói”, foi como Mascherano motivou Romero. Como havia sido contra a Bélgica no último fim de semana, as palavras do volante argentino calaram fundo. Na saída da Arena Corinthians, o goleiro estava emocionado ao se lembrar do que ouviu do colega. “Ele me disse que eu desfrutasse, porque que seria o meu momento e que eu tinha comido muitas coisas até aqui”.

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Tipicamente argentina, a expressão “comer muito” significa ouvir muitas críticas, passar por muitas dificuldades. Romero contou sobre a motivação de Mascherano antes das penalidades e estava no limite entre a emoção e as lágrimas. No caminho para a primeira final desde 1990, muito foi superado pelos jogadores argentinos. Em São Paulo, eles verdadeiramente comeram grama em dia que a disposição falou mais alto que a técnica contra os holandeses.

Lionel Messi, a grande referência em toda a Copa do Mundo, teve provavelmente seu dia de futebol mais pobre. Angel Di María, o segundo mais importante na caminhada, estava de fora para reforçar os músculos de sua perna direita para a decisão. Mas teve bom substituto: Enzo Pérez, o escolhido, foi mais uma resposta do banco de reservas. Como foram Demichelis, Biglia, Basanta ou Palacio, por exemplo, ao longo deste Mundial.

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A categoria dos reservas com importância também pode contemplar Maxi Rodríguez. Em sua terceira Copa, ele voltou à marca dos pênaltis para curar uma frustração pessoal. Há um ano, errou diante do atleticano Victor e eliminou o clube de seu coração, o Newell’s Old Boys-ARG, também em semifinal, mas na Copa Libertadores. Desta vez, Maxi bateu com mais força e mais decisão para confirmar a ida à decisão.

Palco da abertura da campanha argentina, o Maracanã também é o palco para o encerramento de uma trajetória que cumpriu uma parte considerável de sua missão. Voltar à final da Copa após 24 anos, com a presença de público massiva e com um futebol redentor de Lionel Messi enche a Argentina de orgulho. Uma boa maneira de celebrar os quase dois séculos de independência.

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Fonte: Terra
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