Vivo tem lucro de quase R$ 900 milhões no 1º trimestre do ano

Faturamento total da empresa atingiu R$ 13,5 bilhões, um aumento de 6,5% com relação ao mesmo período do ano anterior

8 mai 2024 - 12h44
Empresa investe em hub de tecnologia para disponibilizar serviços digitais, além de conectividade
Empresa investe em hub de tecnologia para disponibilizar serviços digitais, além de conectividade
Foto: Divulgação

Em meio a apostas em ESG e a estratégias de expansão de infraestrutura de conectividade fixa e móvel, a Vivo teve uma receita total de R$ 13,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano – um valor 6,5% maior com relação ao mesmo período do ano anterior. Desse montante, R$ 896 milhões foram de lucro. Já considerando o EBITDA, resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, a empresa chegou a R$ 5,3 bilhões.

Os resultados dos primeiros meses do ano foram divulgados nesta terça-feira, 7. “O desempenho do trimestre está relacionado à nossa estratégia de negócio, que parte da conectividade e se complementa a um robusto ecossistema de tecnologia, tornando a rotina dos nossos clientes mais ágil e digital, com acesso facilitado a serviços financeiros, saúde, educação e entretenimento”, explica o presidente da Vivo, Christian Gebara.

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A Vivo começou o ano com R$ 1,9 bilhão em investimentos. Os principais destaques são relacionados à cobertura 5G na rede móvel, já presente em 181 municípios, e à ampliação da rede de fibra, presente em 443 cidades brasileiras, com 26,8 milhões de domicílios cobertos. Até o final do ano, a meta é que sejam contempladas 29 milhões de residências.

Em retorno, a receita do serviço móvel registrou R$ 8,7 bilhões, com alta de 9,3%, impulsionada pelo pós-pago. O faturamento foi de R$ 7,2 bilhões, uma expansão de 11,4%. Já a receita fixa da empresa marca R$ 4 bilhões, um acréscimo de 1,6%.

Todo o trabalho da empresa fez com que o trimestre fosse finalizado com uma base total de 113 milhões de acessos, sendo 100 milhões da rede móvel. O principal salto foi com relação aos 63 milhões de clientes pós-pagos, uma alta de 6,6%, que garantiu à empresa continuidade na liderança do segmento, com 43,2% de market share. 

Foco em ESG 

No início do ano, a Vivo foi reconhecida como a companhia mais sustentável do Brasil, de acordo com o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), formado por 78 empresas de capital aberto, de 36 setores de atuação.

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A companhia também é uma das 20 empresas com a melhor reputação no Brasil, de acordo com o monitor Merco Empresas, que avalia a percepção de diferentes stakeholders. Entre as 100 corporações classificadas, de 35 segmentos, a Vivo subiu para a 19ª posição – mantendo a liderança no setor.

Segundo a empresa, os resultados são fruto de compromissos com a sustentabilidade, inclusão, equidade e enfrentamento à crise climática. Neste trimestre, a Vivo conquistou o duplo reconhecimento da Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional referência na análise de dados ambientais das empresas em todo o mundo, e foi destaque na 'A List' de Clima da instituição.

Para ser uma empresa net-zero [termo para quando os gases de efeito estufa emitidos na atmosfera são equivalentes aos gases removidos] no escopo 3 da CDP, a Vivo precisa ampliar o controle de emissões e sustentabilidade à sua cadeia de fornecedores. 

"Vamos continuar auxiliando, orientando e exigindo, finalmente, que os nossos fornecedores cumpram também com as mesmas exigências que nós já cumprimos no escopo 1 e 2. É uma meta que temos para 2040, que acreditamos que antes disso vamos conseguir cumprir", acredita Christian Gebara.

Confira algumas outras frentes de atuação da Vivo em Environment Social Governance (ESG) – Governança ambiental, social e corporativa, em tradução livre:

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  • Coleta de equipamentos

A Vivo segue avançando na frente de coleta e reuso de equipamentos. Segundo o CEO da empresa, já foram coletadas 13 toneladas – e a expectativa é que o número aumente. 

  • Diversidade e equidade

A companhia dedicou 50% das vagas do programa Jovem Aprendiz para pessoas negras, assim como ocorreu no programa de estágio, com 60% das posições ocupadas por estudantes pretos e pardos. 

Além disso, o programa Mulheres de Fibra, onde são selecionadas mulheres para atuar em áreas técnicas, teve aumento de 20% em seu quadro de colaboradoras e atingiu 406 profissionais.

Outra área de atuação é com relação aos profissionais com mais de 50 anos de idade, em que há uma mobilização para que cada vez mais sejam contratadas pessoas da faixa etária. Atualmente, já são mais de 11% dos colaboradores com ‘+ 50’.

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A Vivo também foi destaque na categoria Mente em Foco por promover ações de incentivo à saúde mental dos colaboradores transexuais.

  • Educação

Por meio da Fundação Telefônica Vivo, a empresa diz investir cerca de R$ 60 bilhões em educação, formação de professores e em materiais didáticos, assim como equipamentos tecnológicos. 

Estratégias e serviços

Neste atual balanço trimestral apresentado pela Vivo, a combinação de fibra com o serviço móvel apareceu como a 'queridinha' entre os clientes da companhia. Atualmente, há 1,5 milhão de clientes que assinam a oferta chamada de Vivo Total – mais que o dobro do ano anterior. O pacote também representa 82% das novas adições nas lojas nos primeiros três meses do ano e foi ele que contribuiu para a maior receita média por usuário em fibra dos últimos dois anos.

Outro destaque é a venda de celulares compatíveis com 5G, responsáveis por 88% do total de smartphones comercializados pela empresa de janeiro a março. A ampla oferta de eletrônicos – onde também estão incluídos dispositivos para casa inteligente, por exemplo – incrementou em 3,1% a receita de aparelhos, que encerrou o trimestre com R$ 881 milhões.

No processo para se consolidar com um hub de tecnologia, para além da conectividade, a Vivo também tem disponibilizado serviços digitais que facilitam a rotina dos consumidores e geram mais eficiência às empresas. Nessa toada, nos últimos 12 meses, serviços de cloud, cibersegurança, venda e aluguel de equipamentos de TI, IoT, big data e mensageria voltados ao mercado corporativo geraram uma receita de R$ 3,5 bilhões. O incremento de 20,4% representou 6,6% da receita total da Vivo no período.

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Já sobre os serviços disponibilizados aos consumidores, o serviço de empréstimo pessoal – Vivo Money – teve R$ 420 milhões em carteira no trimestre, quase o dobro com relação ao mesmo período em 2023. As receitas totais dos serviços financeiros, que também incluem seguros e cartão de crédito co-branded, cresceram 29,4%, nos últimos 12 meses, com R$ 425 milhões em faturamento. 

No setor do entretenimento, a Vivo gerou receita de R$ 597 milhões nos últimos 12 meses com a distribuição dos principais provedores de música e vídeo do mercado a seus clientes. O crescimento foi de 31,3%.

Pagamentos

Os níveis de endividamento e de retorno aos investidores da Vivo se mantiveram controlados com a geração de caixa de R$ 3,4 bilhões, fruto do desempenho operacional da empresa. 

Até 2026, a Vivo tem a intenção de distribuir aos seus acionistas um valor igual ou superior a 100% do lucro líquido de cada exercício social. Até o final de abril, por exemplo, foram pagos R$ 3,7 bilhões em remunerações – sendo R$ 2,2 bilhões em juros sobre capital próprio, R$ 1,5 bilhão em recursos decorrentes da redução de capital a serem pagos em julho, e outros R$ 53 milhões investidos em recompras de ações.

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Rio Grande do Sul

O balanço trimestral da Vivo foi lançado em meio à tragédia do Rio Grande do Sul, que deixou mais de 90 mortos. O CEO da empresa, Christian Gebara, deixou seu voto de solidariedade à situação e afirmou ser um momento em que "o foco principal é humanitário, não de resultado financeiro".

Dos 497 municípios do RS, a Vivo segue sem cobertura em 30 – e, segundo Christian, não estão sendo poupados esforços para restabelecer esses serviços. Para auxiliar a conectividade da região sul, a companhia disponibilizou 10 GB de bônus de internet para os clientes pré-pago e de plano controle que residem no Estado. 

"Como a gente tem muita dificuldade de comunicação, através de um esforço com um grupo telefônico, também disponibilizamos para a Defesa Civil do Rio Grande do Sul 60 telefones via satélite, que são utilizados em situações extremas, como a gente está vivendo no Sul do Brasil", anunciou o CEO.

A ideia é que, após o momento crítico da tragédia, a Fundação Vivo auxilie as secretarias de educação dos Estados a recuperar equipamentos de informática, audiovisual e auxiliar os alunos e professores no processo de retomada.

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Fonte: Redação Terra
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