Para esta semana, os investidores ficarão atentos para as reaproximações geopolíticas, principalmente com a aproximação entre o governo brasileiro e norte-americano. Além disso, novas negociações entre EUA e China são aguardadas.
O clima de trégua entre Estados Unidos e China animou os mercados na sexta-feira (17) e o Ibovespa voltou a fechar em alta. Para esta semana, os investidores ficarão atentos para a reaproximação do governo brasileiro e norte-americano após a conversa positiva entre Marco Rubio e Mauro Vieira.
A maior expectativa da semana gira em torno do possível encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump durante a agenda do brasileiro na Indonésia e Malásia, a partir desta quinta-feira (23) na Cúpula da ASEAN.
Os acenos positivos de Trump para uma retomada do diálogo com a China anima os mercados globais e devem ditar o ritmo das Bolsas. No sábado (18), a agência AFP confirmou que os países concordaram em abrir uma nova rodada de negociações ainda nesta semana e um encontro entre os líderes pode acontecer no fim do mês, na Coreia do Sul.
No cenário internacional, a semana inicia com dados importantes da economia chinesa: o PIB do 3º trimestre caiu de 5,2% para 4,8% e o Banco Popular da China (PBoC) decidiu manter os juros estáveis apesar do ritmo mais fraco da economia.
Na Ásia, o índice Nikkei subiu 3,47%, e em Hong Kong, o Hang Seng avançou 2,42%. Na Europa, as bolsas abriram majoritariamente em alta, exceto Paris, que caiu 0,22% após a S&P Global Ratings rebaixar sua nota de crédito soberano.
Nos Estados Unidos, os investidores aguardam o CPI nesta semana, único dado oficial em meio ao shutdown que já dura 20 dias. O cenário geopolítico também ganha atenção: a trégua em Gaza foi testada após ataques de Israel ao Hamas, mantendo tensão regional.
A agenda interna inclui o Boletim Focus, com projeções do mercado para PIB, inflação, câmbio e Selic; além do IPCA-15 de outubro previsto para sexta-feira (24) e o lançamento do programa Reforma Casa Brasil nesta segunda-feira (20), com R$ 40 bilhões em crédito para reformas residenciais.
Em destaque no setor corporativo, a Braskem manteve proteção tarifária de 20% para resinas importadas até 2026, garantindo competitividade no mercado interno, enquanto o fim da proteção judicial da Ambipar reacende risco de pedido formal de recuperação, com mercado atento à reestruturação de dívidas.
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