O presidente dos EUA, Donald Trump, está entrando no negócio de energia de fusão por meio de um acordo de US$6 bilhões entre sua empresa de rede social e a TAE Technologies, apoiada pelo Google, poucos dias depois que representantes do setor pediram financiamento federal.
A fusão entre ambas as empresas anunciada nesta quinta-feira é uma aposta ambiciosa no boom de energia estimulado pelos centros de dados de inteligência artificial e se soma à crescente lista de empreendimentos diversos da família Trump, desde criptomoedas até propriedades imobiliárias e serviços móveis.
As crescentes necessidades de eletricidade do setor de tecnologia reavivaram nos últimos meses o interesse pela energia nuclear, incluindo a retomada de reatores totalmente fechados, a expansão de usinas existentes e a assinatura de contratos para futuros pequenos reatores modulares.
Mas, apesar de décadas de esforços globais, a fusão nuclear, geralmente vista como uma fonte de energia mais limpa e confiável, ainda não produziu um reator comercialmente viável.
A TAE vem trabalhando com o Google Research há mais de uma década na ciência da fusão e seus apoiadores incluem a Chevron e a Sumitomo Corporation of Americas.
A empresa, que foi fundada em 1998, também opera um negócio de armazenamento de energia e uma unidade de ciências da vida que desenvolve radioterapia biologicamente direcionada para tratar o câncer.
TERMOS DO ACORDO
Os acionistas de ambas as empresas possuirão cerca de 50% da entidade combinada após o fechamento do negócio em meados de 2026. A Trump Media and Technology Group será a holding de empresas que incluem a plataforma Truth Social, a TAE Power Solutions e a TAE Life Sciences.
As ações da Trump Media subiram 33% nas negociações pré-mercado, atraindo a atenção da Stocktwits, um centro de mídia social para investidores de varejo. As ações da empresa deficitária caíram quase 70% este ano.
"Em nossa opinião, a TAE também terá claramente um grande apoio político do presidente Trump", disse Dan Ives, analista da Wedbush.