Petróleo sobe à medida que EUA intensificam ações contra navios-tanque da Venezuela

22 dez 2025 - 12h37

Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira depois que os EUA interceptaram um navio petroleiro em águas internacionais na costa da Venezuela e as tensões ‌na guerra da Rússia contra a Ucrânia permaneceram altas, com ambos os acontecimentos aumentando ‌os temores de interrupção do fornecimento.

Os contratos futuros do petróleo Brent ganharam US$ 1,4, ou 2,3%, para US$61,87 por barril, por volta das 12h30 (horário de Brasília).

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Os participantes do mercado agora veem um risco de interrupção das exportações de petróleo ‍venezuelano por causa do embargo dos EUA, depois de terem sido complacentes nesse sentido, disse o analista do UBS, Giovanni Staunovo.

O petróleo bruto venezuelano é responsável por cerca de 1% da oferta global.

O aumento da oferta ‌dos EUA e do grupo de produtores Opep+ compensou ‌amplamente as preocupações com a interrupção da oferta em outros lugares para manter os futuros do Brent em torno de US$65 por barril no segundo semestre de 2025, embora os preços tenham diminuído no mês passado devido a preocupações com o excesso de oferta.

Os preços do petróleo têm sido sustentados pelos acontecimentos na Venezuela, enquanto as tensões entre a Rússia e a Ucrânia estão em segundo plano em um mercado que, de outra forma, seria muito "baixista", disse June Goh, analista da Sparta Commodities.

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A Guarda Costeira dos EUA está perseguindo um navio petroleiro em águas internacionais perto da Venezuela, no que seria a segunda operação desse tipo no fim de semana e a terceira em menos de duas semanas, se for bem-sucedida, disseram autoridades à Reuters no domingo.

A recuperação dos preços do petróleo foi desencadeada pelo anúncio do presidente dos EUA, ‌Donald Trump, de um bloqueio "total e completo" aos petroleiros venezuelanos sancionados e pelos desdobramentos subsequentes no país, seguidos por relatos de um ataque de drones ucranianos a um navio da frota "sombra" russa no Mediterrâneo, disse o analista do IG Tony Sycamore.

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