A AstraZeneca anunciou nesta segunda-feira que um ensaio clínico em fase final, que testava sua terapia de grande sucesso, Imfinzi, em combinação com seu medicamento experimental ceralasertib, não conseguiu melhorar a sobrevida geral de pacientes com câncer de pulmão avançado.
O estudo clínico de fase III LATIFY avaliou 594 pacientes de mais de 20 países cuja doença não apresentava mutações-alvo e que havia progredido após imunoterapia prévia e quimioterapia à base de platina para câncer de pulmão de não pequenas células avançado.
"Embora estejamos desapontados com este resultado, continuamos empenhados em desenvolver medicamentos inovadores para atender à necessidade urgente de melhorar os resultados para pacientes com câncer de pulmão por meio de nosso portfólio líder do setor", disse Susan Galbraith, vice-presidente executiva de pesquisa e desenvolvimento em oncologia e hematologia da AstraZeneca.
A resistência aos medicamentos tornou-se um grande desafio na oncologia, levando as empresas farmacêuticas a acelerar o desenvolvimento de novas terapias para pacientes cujos tumores deixam de responder às imunoterapias existentes.
Esses esforços abrangem imunoterapia, terapia direcionada, regimes combinados e plataformas de medicamentos totalmente novas, desenvolvidas por fabricantes globais de medicamentos como a MSD , Bristol-Myers Squibb e a AstraZeneca, entre outras.
O Imfinzi da AstraZeneca, já aprovado para diversos tipos de câncer, é um anticorpo monoclonal humano que bloqueia os mecanismos tumorais que ajudam o câncer a escapar e suprimir o sistema imunológico, ao mesmo tempo que aumenta a resposta imune anticancerígena do organismo e oferece uma alternativa à quimioterapia.
A farmacêutica afirmou na segunda-feira que a combinação ceralasertib-Imfinzi foi, em geral, bem tolerada, sem que fossem identificadas novas preocupações de segurança.