Paulson, do Fed, diz estar um pouco mais preocupada com mercado de trabalho do que com inflação

12 dez 2025 - 11h21

A presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Anna Paulson, afirmou nesta sexta-feira que sua principal preocupação no momento é a situação do mercado de trabalho, acrescentando que a atual política monetária deve ajudar a reduzir a inflação para a meta de 2% do Fed.

"No geral, ainda estou um pouco mais preocupada com a fragilidade do mercado de trabalho do que com os riscos de alta da inflação", disse Paulson em um discurso preparado para um encontro organizado pela Câmara de Comércio do Estado de Delaware, em Wilmington.

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"Isso se deve em parte ao fato de eu ver uma boa chance de a inflação diminuir ao longo do próximo ano", com a redução dos impactos das tarifas, que foram o principal fator que fez com que as pressões sobre os preços ultrapassassem a meta neste ano.

Embora Paulson não tenha feito nenhum comentário prospectivo sobre os juros em seu discurso preparado, ela disse: "Com a taxa de juros atualmente entre 3,5% e 3,75%, continuo a ver a política monetária como um tanto restritiva."

"Este nível de taxas, juntamente com o efeito cumulativo das medidas restritivas anteriores, deverá ajudar a trazer a inflação de volta a 2%", acrescentou.

Paulson descreveu o mercado de trabalho como "flexível, mas não instável" e observou que "ao reduzir as taxas em 75 pontos-base nas últimas três reuniões, tomamos uma precaução contra uma maior deterioração do mercado de trabalho".

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Na quarta-feira, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,50% e 3,75%, buscando equilibrar os riscos para o mercado de trabalho com os níveis de inflação, que ainda estão altos.

O Fed, ainda lidando com as consequências da paralisação do governo que o privou de dados econômicos importantes, não forneceu orientações concretas sobre as perspectivas de um corte na taxa de juros em janeiro.

Paulson observou que o Fed poderá deliberar sobre a política monetária de forma mais sólida no início do próximo ano, quando ela se tornará membro votante do Fomc.

"Quando o Fomc se reunir no final de janeiro, teremos muito mais informações, o que espero que traga mais clareza às perspectivas para a inflação e o emprego, bem como aos riscos associados", completou.

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