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Novo marco do Brasil para vales-refeição e alimentação derruba ações de empresas francesas

Planos do governo de reformular o setor para aumentar a concorrência pode gerar impacto financeiro, segundo empresas; francesas Pluxee e Edenred dizem estudar medidas judiciais contra mudanças

12 nov 2025 - 09h34
(atualizado às 09h37)
Resumo
O novo marco regulatório do Brasil para vales-refeição e alimentação visa aumentar a concorrência, gerando queda nas ações das empresas francesas Pluxee e Edenred, que avaliam impacto financeiro e possíveis medidas judiciais contra as mudanças.
Governo anunciou planos de reformular o setor de VRs e vale-alimentação
Governo anunciou planos de reformular o setor de VRs e vale-alimentação
Foto: Divulgação/Coelho Diniz / Estadão

As ações das francesas Pluxee e Edenred operam em forte baixa na Bolsa de Paris nesta quarta-feira, 12, após o governo brasileiro estabelecer um novo marco para o sistema de vales-refeição e alimentação, medida que, segundo as empresas, pode gerar impacto financeiro.

Por volta das 7h35 (de Brasília), os papéis da Pluxee e da Edenred tombavam 11% e 9%, respectivamente.

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Na terça-feira, 11, o Brasil anunciou planos de reformular o setor, para aumentar a concorrência.

A Edenred disse ter sido surpreendida pelas medidas, sobretudo por mudanças na taxa de desconto cobrada dos estabelecimentos e no prazo de reembolso. Segundo a companhia, que oferece soluções de serviços e pagamentos, os termos diferem significativamente do que vinha sendo discutido com o governo e com a associação do setor.

Se o decreto entrar em vigor, a Edenred projeta que seu Ebitda orgânico de 2026 fique de 8% a 12% abaixo do previsto anteriormente (alta de 2% a 4%). O negócio de vales-refeição e alimentação no Brasil respondeu por 9,5% da receita operacional da Edenred em 2024.

A Pluxee afirmou na segunda-feira, 10, temer que as medidas comprometam a sustentabilidade de longo prazo do programa de alimentação ao trabalhador, alegando maior risco de descumprimento, uso indevido e desequilíbrio de crédito, principalmente com clientes públicos. A companhia disse que avaliará impactos financeiros e eventuais ações mitigadoras quando o decreto completo for publicado.

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Ambas informaram que estudam possíveis medidas judiciais contra o novo marco.

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