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CEOs revelam seus maiores desafios em 2022 e lições para 2023

Líderes da Dafiti, Sólides, Barkus, Funcional, Trademaster e Pipo revelam como contornaram as turbulências do mercado

23 dez 2022 - 03h40

Não é novidade para ninguém eu falar que 2022 foi um ano difícil para o ecossistema de startups. Não só tivemos que lidar com as incertezas já trazidas pela pandemia, mas também com inflação, juros altos, guerras, e até ameaça nuclear. O resultado dessa história você provavelmente já sabe: bolsas derreteram, times foram cortados, investidores ficaram mais criteriosos, o volume de aportes caiu e as torneiras de dinheiro farto se fecharam.

CEO
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Foto: Gerd Altmann/geralt/Pixabay / Startups

Para o ano que vem, a opinião de especialistas do mercado é que o cenário ainda seja desafiador, pelo menos nos primeiros meses do ano. Quando a coisa aperta, cabe à liderança das empresas se reorganizar e encontrar alternativas para gerenciar as dificuldades. A figura do CEO, que já era peça-chave nas organizações, ganha ainda mais responsabilidade para manter o crescimento sustentável, engajar o time e enfrentar o que ainda pode vir pela frente.

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Abaixo, 6 CEOs de startups brasileiras revelam quais foram os maiores desafios enfrentados em 2022 e compartilham seus aprendizados para 2023. Veja, a seguir, o que eles contam:

André Farber, CEO da Dafiti

André Farber, CEO da Dafiti
Foto: Canva / Startups

"Foi um ano muito desafiador. Ao mesmo tempo que as coisas começaram a voltar ao normal após dois anos de pandemia, tivemos muitos eventos importantes como as eleições e a Copa do Mundo. Tudo isso impacta diretamente na economia e no poder de compra das pessoas. Na Dafiti, esses desafios, por mais que significativos, deram espaço para a criatividade e novas ideias para seguir com o objetivo de democratizar a moda e tornar a experiência de compra muito mais leve e divertida. Criamos formas e mecanismos que garantem o relacionamento estreito com o consumidor e oferecemos a melhor experiência como e-commerce. Uma dor de mercado que identificamos é a garantia de oferecer produtos originais, tendo em nosso portfólio marcas exclusivas e com entrega diferenciada, o que colabora para a fidelização do cliente e melhora cada vez mais o nosso relacionamento entre marca e consumidor.

Em busca de reforçar ainda mais nossos três pilares - moda, tecnologia e sustentabilidade - estreamos no mercado de NFTs e lançamos seis tokens exclusivos com a renda revertida ao Instituto Limpa Brasil, ONG especializada em ações de limpeza e de descarte adequado de resíduos. Essa foi uma das formas que encontramos de continuar inovando e estar por dentro das novidades do mercado. E claro, garantir que a Dafiti esteja inserida nas principais tendências de tecnologia, além de manter nossa liderança como maior fashiontech da América Latina."

Mônica Hauck, CEO da Sólides

Mônica Hauck, CEO da Sólides
Foto: Divulgação / Startups

"Em 2022, o principal foco da Sólides foi manter o crescimento sustentável, oferecendo tudo que as empresas precisam para a gestão de pessoas. Com o aporte da Warburg Pincus e o M&A da Tangerino, nos mantivemos como a empresa líder do setor e chegamos à marca de 24 mil clientes. Para 2023, nosso trabalho será melhorar não apenas a jornada dos funcionários, atuando em toda a parte de valorização dos colaboradores, mas sempre pensar também na lucratividade das empresas. Continuamos oferecendo tecnologia acessível e de qualidade, porque uma gestão de pessoas eficiente e completa será um grande diferencial para o mercado no próximo ano. A empresa continua focada em entregar a Jornada do Colaborador completa, com tudo que o RH e o DP precisam em um só lugar, contando ainda com novas experiências."

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Bia Santos, CEO da Barkus

Bia Santos, CEO da Barkus
Foto: Divulgação / Startups

"Foi bastante desafiador, parece que vivemos três anos em um. Com as mudanças do mercado de educação por conta da pandemia, as certezas viraram dúvidas. Triplicamos o time da Barkus e e fizemos nossa primeira captação, o que nos ajudou a investir em tecnologia e contratar novos desenvolvedores mesmo com as dificuldades da área. Também melhoramos a estrutura financeira, jurídica e de compliance da empresa, que são grandes desafios para as startups. Mesmo com tudo isso, alcançamos a marca de 100 mil usuários que já passaram pela nossa solução, o que nos deixou bastante animados com as perspectivas do próximo ano."

Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech

Cristiane Giordano, CEO da Funcional Health Tech
Foto: Divulgação / Startups

"Tivemos dois principais desafios. Primeiro, como continuar com o foco no cliente final, entendendo as necessidades individuais de cada um ao mesmo tempo que consolidamos isso no nosso negócio e oferecemos produtos escaláveis. Além de, claro, manter a cultura de uma empresa viva, sustentando o engajamento das pessoas que interagem conosco e mostrando a Funcional em um cenário novo no mercado. Como aprendizados, ressaltamos a importância dos dados para alavancar negócios. A tomada de decisões em todas as empresas precisa ser baseada em dados. Cada vez mais, nós ajudamos os nossos parceiros com informações de qualidade e insights para que estratégias sejam bem desenhadas."

Francisco Pereira, CEO da Trademaster

Francisco Pereira, da Trademaster
Foto: Thiago Carvalho/Divulgação / Startups

"No caso da Trademaster, os principais desafios de 2022 foram o de aprender a trabalhar com o modelo híbrido e a capacidade de adaptação da operação, principalmente após a reabertura física se consolidar depois do período mais severo da pandemia. Para este novo momento, desenhamos um escritório funcional, fizemos novas contratações estratégicas e mudamos o posicionamento da cultura da empresa. Além disso, foi um ano de adaptação dos modelos de concessão de limites e compreensão do mercado, o que gerou grandes aprendizados que seguirão em 2023, como a capacidade de flexibilidade e adaptação do nosso modelo de crédito e time. Isto vai gerar a necessidade de manter as equipes mais engajadas, especialmente em um ano em que o crescimento econômico ainda é incerto."

Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde

Manoela Mitchell, CEO da Pipo Saúde
Foto: Tiago Queiroz/Divulgação / Startups

"2022 foi um ano de grande mudança no clima macroeconômico, o que fez com que as rotas do negócio precisassem ser ajustadas para a nova realidade. Isso acabou sendo uma grande oportunidade para olhar menos para fora (investidores, economia, etc) e olhar mais para dentro da própria empresa, focando em melhorar o nosso produto e para a experiência que entregamos aos clientes e membros. Em alguns momentos ficamos bastante ansiosos com os desafios. Mas hoje, olhando para trás, percebo que foi um ano de muitas conquistas e de muitos momentos para nos orgulharmos em relação à Pipo. Estamos animados, porque estamos muito maiores e melhores que em 2021 e ainda mais otimistas com o ano que em breve começa."

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