Censo do Coworking 2024 revela crescimento do setor no Brasil

A expansão dos coworkings no Brasil reflete a demanda crescente por espaços flexíveis, impulsionada pelo trabalho híbrido e digitalização

4 fev 2025 - 06h00
(atualizado às 11h53)
Resumo
O mercado de coworking no Brasil cresceu 20% em um ano, com mais de 2.986 espaços ativos, sendo a maioria nas capitais.
Foto: Dall-E / ChatGPT

O mercado de coworking no Brasil registrou uma expansão de aproximadamente 20% no último ano, passando de 2.443 para 2.986 espaços ativos. Grande parte desses espaços (58,5%) está localizada nas capitais, reforçando a relevância das grandes cidades como polos de inovação e negócios.

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Os dados são do Censo do Coworking 2024, realizado pela Woba, e que apresenta uma análise detalhada do setor de escritórios flexíveis no Brasil, destacando o crescimento expressivo desses espaços e as novas dinâmicas que impulsionam o mercado.

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Crescimento acelerado e novos desafios

Entre os estados, São Paulo (1.121), Minas Gerais (307) e Rio de Janeiro (251) e Santa Catarina (192) lideram o ranking em número de unidades. O levantamento evidencia um aumento significativo na oferta de coworkings, além de mudanças no perfil dos usuários e nas preferências das empresas que adotam esse modelo de trabalho.

Embora o setor apresente crescimento sólido, o estudo aponta desafios operacionais e financeiros para a manutenção dos espaços. A busca por certificações ambientais e melhorias na infraestrutura também está entre as prioridades dos gestores de coworking para os próximos anos.

Com o avanço da transformação digital e a popularização do trabalho híbrido, a projeção para os próximos anos é de expansão contínua, com o modelo de coworking se consolidando como alternativa estratégica para empresas que buscam flexibilidade e redução de custos operacionais.

Posicionamento, evolução e experiência dos usuários

O estudo também revela que 91% dos coworkings brasileiros se posicionam como multidisciplinares, recebendo profissionais de diferentes segmentos, uma tendência que vem sendo impulsionada pelo aumento do trabalho remoto e pela necessidade de espaços flexíveis por parte de empresas de médio e grande porte.

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A pesquisa aponta uma forte evolução nos serviços oferecidos pelos coworkings. Além das tradicionais estações de trabalho compartilhadas, há um aumento na oferta de escritórios privativos, salas de reunião e espaços para eventos corporativos.

Essa diversificação reflete uma adaptação às novas demandas do mercado, onde empresas buscam soluções flexíveis sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura própria.

Outro ponto destacado no Censo é o foco na experiência do cliente. O levantamento revela que mais de 95% dos espaços contam com salas de reunião, enquanto 67% já oferecem áreas específicas para eventos. Além disso, a oferta de comodidades como internet dedicada, copa compartilhada e serviços premium cresce a cada ano.

(*) Alexandre Gonçalves é jornalista, fundador da agenteINFORMA – conteúdo e produtos digitais, e editor das newsletters agenteGPT (insights e sua experiência de usuário do ChatGPT), e agenTV3 (monitora e faz curadoria de notícias sobre a implementação da TV 3.0 no Brasil).

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