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Levy nega que governo pretenda reduzir meta fiscal deste ano

Ministro da Fazenda negou ter conversado com senadores sobre o assunto e disse que governo está atento sobre maior contingenciamento

23 jun 2015 - 17h35
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, classificou de peças de ficção notícias sobre redução de meta fiscal
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, classificou de peças de ficção notícias sobre redução de meta fiscal
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negou nesta terça-feira que a equipe econômica esteja revisando a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – em 2015. Ele classificou de peças de ficção notícias publicadas por jornais dando conta de que a meta poderia ser reduzida de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) para até 0,6%.

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Levy negou ter conversado com senadores sobre o assunto. Ele disse que o governo está acompanhando atentamente a evolução das receitas e das despesas para verificar se há a necessidade do contingenciamento (bloqueio) adicional de verbas.

“Ainda é precipitado fazer qualquer movimento em relação à meta. Não adianta querer tirar o sofá da sala. Tem uma série de ações que vamos ter de tomar. Vamos fazer uma avaliação normal [da programação orçamentária] e estamos tomando as medidas necessárias, com bastante transparência e segurança”, disse.

O ministro, no entanto, admitiu que as negociações das medidas de ajuste fiscal com o Congresso Nacional terão impacto na meta fiscal porque reduziram a estimativa de arrecadação do governo. “Há elementos que se transformaram desde o início do ano até agora. Na questão da reversão do gasto com contribuições patronais [desoneração da folha], a gente tinha expectativa de [arrecadar a mais] de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões. Hoje, não sei quanto vai render. O encaminhamento das medidas terá impacto na arrecadação principalmente a partir do segundo semestre”, acrescentou.

De acordo com o ministro, o governo está preparando medidas para aumentar receitas extraordinárias (que não se repetem). Uma das medidas em estudo, disse Levy, é a abertura de capital (lançamento de ações na bolsa de valores) do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), empresa que detém o monopólio do mercado de resseguros no País. Em 2013, a companhia foi privatizada, mas continua com participação do Tesouro Nacional e de estatais como o Banco do Brasil e a Caixa.

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Levy não quis adiantar o quanto a abertura de capital renderia ao governo, mas afirmou que a operação melhoraria o ambiente de negócios no País e admitiu que a equipe econômica já trabalha com estimativas de arrecadação. “A abertura de capital do IRB está dentro da expectativa de arrecadação. Por enquanto é uma ideia, mas queremos fazer ações para [arrecadar] receitas não recorrentes que abram novas expectativas econômicas e criem oportunidades de negócios”.

O ministro da Fazenda deu as declarações durante lançamento do livro Avaliação da Qualidade do Gasto Público e Mensuração da Eficiência. Elaborado pelo Tesouro Nacional em parceria com o Banco Mundial e membros da comunidade acadêmica, a obra propõe uma metodologia para medir a eficiência dos gastos públicos e orientar o governo a dar prioridade aos gastos que tragam mais retorno à sociedade.

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Agência Brasil
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