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Itaú (ITUB4) é 'top pick' de três casas após resultados do 1T24; confira

7 mai 2024 - 10h18
(atualizado às 11h12)

Em relatórios após a divulgação do balanço do 1T24 do Itaú (ITUB4), analistas de várias casas avaliaram positivamente os resultados do banco, com três delas, inclusive, reforçando a instituição como "top pick" do setor.

Segundo a XP, o Itaú reportou resultados sólidos no 1T24, com um lucro líquido recorrente de R$ 9,8 bilhões - em linha com a estimativa da casa - representando um aumento de 4% na base trimestral e de 16% na anual.

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Para o banco, os números gerais do Itaú no 1T24 seguiram uma tendência positiva, principalmente em linha com o guidance, apesar da pior sazonalidade no 1T, exceto pelo crescimento do portfólio de crédito, que foi de tímidos 2,8% em relação ao ano anterior - portanto abaixo do intervalo inferior do guidance (6,5%) - e marcando outro trimestre de desaceleração.

"O banco continua a compensar o menor crescimento da carteira com melhores spreads. Na frente de despesas não relacionadas a juros, o banco mantém uma trajetória positiva, alcançando seu melhor índice de eficiência de 38,3%. Reiteramos o ITUB4 como nossa top pick, nossa recomendação de compra e nosso preço-alvo de R$ 42,0/ação", destacam os analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

Genial: Itaú apresentou mais um resultado robusto no 1T24

Também em relatório, a Genial Investimentos avaliou que o Itaú apresentou mais um resultado robusto no 1T24, possivelmente sendo o maior lucro do setor financeiro. Segundo a corretora, o trimestre reforça a consistência dos resultados que o banco vem apresentando ao longo deste ciclo de crédito, resultado de melhorias nos processos, tecnologia, modelos de crédito e gestão de pessoas e cultura.

"As receitas totais continuaram em ascensão, enquanto as despesas administrativas foram mantidas sob controle e o custo de crédito diminuiu neste trimestre, resultando em uma expansão da rentabilidade. No entanto, a carteira de crédito, conforme a visão do BACEN, permaneceu mais contida", escrevem os analistas Eduardo Nishio, Wagner Biondo e Felipe Oller.

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Na avaliação da casa, as ações do Itaú ainda estão sendo negociadas com um valuation atrativo, apresentando um P/L de 7,8x para 2024 e um P/VP de 1,6x em 2024, além de um dividend yield 'interessante' de 7,8% para 2024, dado que o banco deve aumentar o payout esse ano para distribuir o excesso de capital que vem acumulado.

"Com mais um trimestre consistente, reiteramos nossa recomendação de compra para as ações do Itaú, com preço-alvo de R$ 40,60. O Itaú continua sendo nossa preferência no setor financeiro", acrescenta a Genial.

Resultados do Itaú ficaram dentro do esperado, diz Safra

Em resumo, o Safra avaliou que os resultados do Itaú foram bons, dentro do esperado, com um ROE de quase 22% nas operações consolidadas.

No entanto, segundo o banco, o crescimento de crédito ficou aquém das suas expectativas, "em grande parte explicado pela saída deliberada de risco do Itaú de clientes individuais que destroem valor, o que contribuiu com +300 bps ano contra ano para a rentabilidade no segmento", destacam os analistas Daniel Vaz, Silvio Dória e Gabriel Pucci.

"Como referência e em conexão com essa estratégia, o Itaú conseguiu aumentar seus depósitos à vista em +1% (parcialmente ajudado por efeitos cambiais) - enquanto os do Santander (SANB11) caíram 9% e os do Bradesco (BBDC4) caíram 18% - superando os pares em captação de clientes", acrescentam.

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O Safra reiterou sua recomendação 'outperform', equivalente a compra, para os papéis do Itaú, com preço-alvo a R$ 41,00.

Itaú reportou mais um trimestre sólido, afirma BTG; veja análise

Para o BTG, o Itaú reportou mais um "resultado de qualidade" no 1T24, com o lucro líquido ficando 1% acima da estimativa da casa e do consenso. De acordo com a casa, mesmo com menores provisões para perdas com crédito - devido a menores índices de inadimplência - o índice de cobertura aumentou, fortalecendo ainda mais o balanço.

"A administração tem sido muito assertiva em suas comunicações com o mercado, o que significa que os resultados geralmente estão alinhados com as estimativas oficiais dos executivos, mostrando que o banco está sendo bem conduzido e provavelmente será capaz de sustentar seu atual ROE ~20% por algum tempo", pontuam os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.

O BTG lembra que a carteira de crédito do Itaú expandiu 1% na comparação sequencial e 5,6% na anual, abaixo do limite inferior da faixa do guidance para 2024.

Segundo o banco, o menor crescimento é explicado pela estratégia de redução de risco do Itaú desde dezembro de 2022 - que se revelou bem-sucedida. No entanto, para o BTG, o impacto dessa estratégia de redução de risco do banco deverá diminuir significativamente no futuro, permitindo uma aceleração da carteira de crédito.

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"Na verdade, um dos principais focos do Itaú em 2024 é garantir que o banco tenha o custo de atendimento adequado no segmento de varejo de baixa renda e migrar todos os clientes "monoline" para o Super App One Itaú, fornecendo-lhes serviços bancários completos (e gerando oportunidades de venda cruzada). Com isso, enxergamos o banco mais uma vez entrando em 'modo de ataque'", aponta.

Ainda para o banco, em um mundo em rápida mudança, especialmente no setor de bancos de varejo, onde a tecnologia, a regulamentação e novos players como a Nubank (ROXO34) estão realmente desafiando o status quo para os operadores históricos, acredita que o Itaú, sob a liderança de Milton Maluhy, está fazendo exatamente o que um incumbente deve fazer.

"O banco acelerou a sua transformação digital, indo muito além da mera migração para a nuvem e reescrita de código. Entendeu diante dos pares que 'principalidade' é o nome do jogo e o cliente precisa estar no centro, mesmo que isso signifique oferecer produtos de terceiros", escrevem.

"O novo mantra dos bancos é 'não sabemos tudo' e 'vamos em equipe', desafiando a percepção de longa data de que os banqueiros "sabem tudo". Com essa marca/abordagem atualizada e o projeto One Itaú, o banco também passou do modo de defesa para o modo de ataque. O Itaú continua sendo nossa escolha preferida entre os bancos latinoamericanos", completa a casa.

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O BTG tem recomendação de 'compra' para as ações ITUB4, com preço-alvo a R$ 42,00.

Itaú apresentou bom controle de despesas no 1T24, vê Goldman

Em relatório, o Goldman Sachs (GSGI34) afirmou que o lucro líquido do Itaú no 1T24 ficou 3% acima do consenso da casa e 1% acima do consenso da Bloomberg. Segundo o banco, apesar de um trimestre sazonalmente mais fraco em termos de margem financeira e taxas, o Itaú relatou um bom controle de despesas e um custo de risco saudável.

"Embora o ajuste do Itaú no apetite ao risco provavelmente limite o crescimento, acreditamos que isso provou criar valor em uma base ajustada ao risco. Os ROEs também permaneceram saudáveis em todos os segmentos, com o varejo em 23% e o corporativo em 28%", escrevem os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema.

"Acreditamos que os resultados serão bem recebidos e reforçarão as perspectivas de crescimento de lucros e distribuição de dividendos", acrescentam. O Goldman manteve sua recomendação de compra para as ações de Itaú, com preço-alvo a R$ 39,00.

Desempenho das ações do Itaú

No intradia, as ações do Itaú sobem 0,77%, a R$ 32,65. No mês, os papéis do Itaú sobem 3,66%, enquanto no ano, caem 0,30%.

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