Ibovespa fecha no azul com ajuda de Petrobras, mas sem fôlego para 114 mil pontos

18 ago 2022 - 17h33
(atualizado às 18h13)

O Ibovespa assegurou o sinal positivo no fechamento desta quinta-feira, apoiado no avanço das ações da Petrobras, mas não teve fôlego para fechar acima dos 114 mil pontos em meio a movimentos de realização de lucros.

Bolsa de valores de São Paulo 
03/04/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Bolsa de valores de São Paulo 03/04/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,09%, a 113.812,87 pontos. Na máxima, chegou a 114.375,45 pontos, maior patamar intradia desde 20 de abril. O volume financeiro na bolsa somou 23,6 bilhões de reais.

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A sessão marcou a quinta alta seguida. Em agosto, até o momento, o Ibovespa recuou em apenas duas sessões (dias 1 e 11), com a alta acumulada no mês superando 10%, em parte, refletindo expectativa de que o ciclo de alta da Selic acabou ou está perto disso.

O superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, também chamou a atenção para a entrada de estrangeiros na bolsa em agosto como um componente que deve manter a tendência positiva para as ações brasileiras, mesmo que as altas sejam "tímidas".

O Brasil, segundo ele, ainda está "melhor na foto" do que outros emergentes, como Rússia e China, para atrair fluxo de capital externo.

De acordo com dados da B3, as entradas de capital externo no mercado secundário de ações brasileiro superavam as saídas em 11,9 bilhões de reais em agosto.

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O analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, também destacou as compras de estrangeiros como fator para o rali, mas observa que há uma pressão para correção, que já vem ocorrendo em papéis com menor representatividade no Ibovespa.

Ele também chamou atenção para o fato do ritmo da alta de juros nos EUA ainda estar em aberto. "Tem um medo bastante grande de que os EUA enfrentem uma recessão no curto prazo, que o Fed tenha que ser mais duro dada a inflação persistente."

DESTAQUES

- PETROBRAS PN subiu 2,01%, a 33,42 reais, e PETROBRAS ON avançou 1,32%, a 36,81 reais, renovando marcas históricas, beneficiadas nesta sessão pela alta do petróleo no exterior. O Brent, referência usada pela companhia, fechou com elevação de 3,14%. No setor, 3R PETROLEUM ON avançou 4,43%.

- VALE ON fechou com variação negativa de 0,75%, a 67,72 reais, sem fôlego para se recuperar da perda de 2,5% na quarta-feira. De pano de fundo nesta sessão, os preços do minério de ferro caíram em Dalian, na China, mas o contrato futuro negociado em Cingapura subiu. CSN MINERAÇÃO ON recuou 2,24%, após alta de 4,4% na véspera.

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- ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,29%, a 27,27 reais, enquanto BRADESCO PN subiu 0,61, a 19,86 reais. O Bank of America reiterou recomendação de "compra" para Itaú e Bradesco, bem como elevou os respectivos preços-alvo das ações para 34 e 26 reais, respectivamente.

- NATURA&CO ON valorizou-se 5,31%, a 15,07 reais, em sessão de ajustes, após sofrer na esteira da divulgação do resultado do segundo trimestre. Desde a divulgação dos números até a véspera, o papel caiu mais de 10%.

- POSITIVO ON avançou 3,17%, a 10,75 reais, ampliando a alta em agosto, ainda embalada pelo resultado na semana passada e perspectiva para o segundo semestre. O papel está entre os que se beneficiam da perspectiva de que o ciclo de alta dos juros no Brasil pode ter acabado ou está próximo do fim. No setor de tecnologia, TOTVS ON subiu 3,36%.

- YDUQS ON cedeu 5,28%, a 12,55 reais, acentuando para cerca de 21% as perdas desde a divulgação do balanço do segundo trimestre no começo da semana. Na ocasião, o Citi destacou que a decisão da empresa de não fornecer projeções para captação e valores de mensalidades no segundo semestre pode sugerir um ambiente operacional ainda incerto.

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- MRV ON recuou 4,17%, a 10,57 reais, em sessão mais negativa para o setor de construção civil, com o índice do setor imobiliário, que também inclui papéis de shopping centers, registrando declínio de 0,93%.

- MERCADO LIVRE caiu 2%, a 977,52 dólares, em Nova York. A maior empresa de comércio eletrônico da América Latina anunciou nesta quinta-feira a criação de uma criptomoeda chamada MercadoCoin, que será implementada como parte de um programa de fidelidade de clientes da companhia.

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