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Ibovespa avança com repercussão de sinais do Fed

2 mai 2024 - 10h18
(atualizado às 13h36)

A bolsa paulista retornava do feriado com viés positivo nesta quinta-feira, com agentes financeiros repercutindo sinalizações do Federal Reserve, na véspera, de que ainda está inclinado a eventuais reduções nos juros nos Estados Unidos, enquanto Bradesco e Weg eram destaques de baixa após balanços.

Às 12:30, o Ibovespa subia 0,81%, a 126.945,67 pontos.

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Na quarta-feira, quando não houve negociação no pregão brasileiro em razão do feriado do Dia do Trabalho, o Fed manteve as taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,50%, enquanto o chair Jerome Powell disse que é pouco provável que o próximo movimento na taxa de juros dos Estados Unidos seja de aumento.

A analista sênior do Swissquote Bank Ipek Ozkardeskaya disse que a decisão do Federal Reserve foi "interessante".

De acordo com ela, o Fed mostrou não estar confiante em cortar as taxas de juro, uma vez que a inflação começou a dar sinais de aquecimento. Mas, acrescentou, Powell garantiu que o próximo movimento provavelmente não será um aumento das taxas. "Isso foi um alívio."

Na véspera, os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA tiveram um forte ajuste de baixa, passando para 4,591%, de 4,684% na terça-feira. Nesta sessão, subiam para 4,6078%. No segmento acionário, o S&P 500 fechou em baixa, mas nesta sessão voltava ao azul.

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"Na nossa avaliação, a busca por uma comunicação mais balanceada e o reforço de que o quadro de inflação está mais adverso tornam improvável que o Fed inicie o ciclo de cortes em junho", afirmaram economistas do Bradesco liderados por Fernando Honorato, em relatório a clientes.

Eles esperamos que esse processo comece em dezembro, levando a taxa para o intervalo entre 5,00% e 5,25% no final de 2024 e entre 3,50% e 3,75% no final de 2025.

As atenções agora se voltam aos dados do mercado de trabalho norte-americano previstos para sexta-feira.

B3 também divulgou nesta quinta-feira a terceira e última prévia do Ibovespa que irá vigorar de 6 de maio a 30 de agosto, confirmando a entrada das ações da Vivara e registrando a saída dos papéis da Casas Bahia. Assim, a próxima composição contará com 86 papéis de 83 empresas.

DESTAQUES

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BRADESCO PN caía 1,36%, a 13,81 reais, revertendo a alta da abertura, quando chegou a 14,32 reais (+2,29%). Analistas repercutem o resultado do primeiro trimestre do banco, que ficou acima de projeções no mercado, com lucro líquido recorrente de 4,2 bilhões de reais. Investidores também analisam declarações do CEO do banco, Marcelo Noronha, reiterando uma visão "otimista, mas pé no chão" e afirmando que a recuperação esperada para a sua carteira de crédito neste ano se refletirá na melhora da margem financeira.

- ITAÚ UNIBANCO PN ganhava 0,88%, a 31,62 reais, enquanto BANCO DO BRASIL ON avançava 0,29%, a 27,50 reais. Ambos reportam seus desempenhos trimestrais na próxima semana. SANTANDER BRASIL UNIT, que já reportou seus números, era negociado em alta de 0,97%, a 29,18 reais.

- WEG ON caía 2,76%, a 38,46 reais, após a fabricante de motores e componentes elétricos reportar mais cedo que teve lucro líquido de 1,33 bilhão de reais no primeiro trimestre, alta de 1,6% ante o resultado positivo obtido um ano antes e dentro das previsões do mercado. O resultado operacional medido pelo Ebitda somou 1,77 bilhão de reais, crescimento anual de 4,8%.

- GPA ON avançava 5,46%, a 3,09 reais, após divulgar no final da terça-feira sua adesão ao programa de quitação de débitos de ICMS do governo do Estado de São Paulo, obtendo assim uma redução de aproximadamente 80% em contingências de 3,6 bilhões de reais. O desembolso de caixa esperado, após descontos aplicados no contexto do acordo, representa, aproximadamente, 794 milhões de reais, mas o efeito líquido no resultado é de uma despesa estimada em 261 milhões de reais.

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- MAGAZINE LUIZA ON subia 6,62%, a 1,45 reais, encontrando apoio no alívio da curva de DI para uma recuperação, após acumular em abril um declínio de 24,44%. O índice do setor de consumo, que tende a se beneficiar de um ambiente de juros menores, tinha elevação de 1,48%.

- CSN ON avançava 0,93%, a 14,05 reais, tendo no radar anúncio nesta quinta-feira de que fechou acordo de exclusividade nas negociações para aquisição de 100% da rival Intercement, que além do Brasil possui ativos na Argentina e é controlada pelo grupo Mover, ex-Camargo Corrêa.

- VALE ON subia 0,65%, a 63,70 reais, em sessão sem a referência dos preços do minério de ferro na China em razão de feriado naquele país no período de 1 a 3 de maio. Na véspera, a mineradora informou que apresentará seu próximo presidente até 3 de dezembro, após a aprovação do conselho, em setembro, de uma lista tríplice de candidatos a ser apresentada por uma empresa de consultoria. A companhia disse que o novo CEO assumirá o cargo em 1º de janeiro de 2025.

- PETROBRAS PN avançava 0,19%, a 42,10 reais, tendo como pano de fundo a fraqueza do petróleo Brent, com declínio de -0,14%. A companhia divulgou nesta quinta-feira que elevou o preço médio de venda do querosene de aviação (QAV) da empresa em 2,8%, a partir de 1º de maio, o que corresponde a um acréscimo aproximado de 0,11 real por litro.

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