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Força-tarefa entre ministérios elabora 30 medidas de contingência a tarifaço de Trump; entenda

Plano de contingência se dá em antecipação ao início do tarifaço, previsto para a próxima sexta-feira, 1º de agosto

25 jul 2025 - 19h54
(atualizado às 20h30)
Resumo
Governo brasileiro prepara plano de contingência com 30 medidas para mitigar impacto de tarifas norte-americanas, incluindo crédito a setores afetados, compras governamentais e possível quebra de patentes, enquanto avalia a necessidade de retaliações.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandou a primeira reunião do comitê com o setor produtivo para debater as tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos contra o Brasil
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandou a primeira reunião do comitê com o setor produtivo para debater as tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos contra o Brasil
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO

Pelo menos 30 medidas que compõem um plano de contingência ao impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil foram elaboradas por três Ministérios: o da Fazenda, o do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e das Relações Exteriores, revelou o Estadão/Broadcast. 

O plano se dá em antecipação ao início do tarifaço, previsto para a próxima sexta-feira, 1º de agosto, como uma resposta interna ao mercado brasileiro, e será acionado se e quando o tarifaço for, de fato, implementado. 

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O 'cardápio' será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a expectativa é de que o governo federal não implemente todas as 30 medidas. Lula terá a próxima semana para avaliar as opções. 

Dentre as medidas, estão previstas linhas de crédito para o socorro de determinados setores, além de compras governamentais de produtos que não puderem ser imediatamente redirecionados para outros mercados internacionais. 

Há, também, a proposta de um fundo privado temporário para facilitar o acesso a crédito para empresas ou setores afetados pelo tarifaço e que, porventura, estejam fora do radar da equipe econômica. 

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Foto: Reprodução/The White House/YouTube

A equipe também leva em consideração a força do impacto sobre as empresas afetadas pelo tarifaço do presidente Donald Trump. A Petrobras, por exemplo, deve ser a mais afetada em números brutos, porém seu percentual da companhia de vendas aos EUA é pequeno quando comparado à venda para outros mercados. 

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Benefícios à estatal em detrimento de outros setores com menor exportação, mas com dependência maior sobre o mercado estadunidense, por exemplo, não são considerados pela equipe, de acordo com pessoas que acompanham o trabalho e foram ouvidas pela reportagem. 

O objetivo prioritário da equipe é trabalhar com alternativas à liberação de crédito extraordinário em um primeiro momento, como fontes de recurso que poderiam levar fôlego às empresas brasileiras. 

No caso de retaliações do Brasil às medidas norte-americanas, caso sejam necessárias, a equipe técnica cogita, entre outras possibilidades, a quebra de patentes de medicamentos.

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Fonte: Redação Terra
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