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Confiança do consumidor atinge mínima histórica pelo 3º mês

Expectativas estão piores que as percepções sobre a situação atual

25 mar 2015 - 10h42
(atualizado às 14h06)

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 2,9% entre fevereiro e março de 2015, ao passar de 85,4 para 82,9 pontos, atingindo o índice mínimo histórico pelo terceiro mês consecutivo. Os dados relativos ao ICC foram divulgados nesta quarta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e indicam que a queda foi motivada, principalmente, pela situação atual.

En la imagen, una clienta observa los precios en un supermercado en Sao Paulo. 10 de enero, 2014. La confianza del consumidor brasileño cayó en marzo por tercer mes consecutivo y a un mínimo histórico debido a que el aumento del desempleo, tasas de interés más altas y una aceleración de los precios mermaron los presupuestos de las familias, mostró un sondeo privado publicado el miércoles.
En la imagen, una clienta observa los precios en un supermercado en Sao Paulo. 10 de enero, 2014. La confianza del consumidor brasileño cayó en marzo por tercer mes consecutivo y a un mínimo histórico debido a que el aumento del desempleo, tasas de interés más altas y una aceleración de los precios mermaron los presupuestos de las familias, mostró un sondeo privado publicado el miércoles.
Foto: Nacho Doce / Reuters

Entre fevereiro e março, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 5,6%, de 82,3 para 77,7 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,4%, ao passar de 87,0 para 85,8 pontos. Os dois índices encontram-se nos níveis mínimos históricos, segundo a FGV. 

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De acordo com o órgão, considerando-se comparações com séries padronizadas, as expectativas estão piores que as percepções sobre a situação atual. Na avaliação do superintendente para ciclos econômicos da FGV/Ibre, Aloísio Campelo, o ICC está em queda e se afastando dos níveis mínimos anteriores, registrados durante a crise financeira internacional de 2008 a 2009.

“Aos fatores econômicos, como inflação e mercado de trabalho, somam-se a preocupação do consumidor brasileiro, com a turbulência do ambiente político e com os riscos de abastecimento de água e energia”, disse.

Os dados divulgados indicam que a maior pressão negativa para a queda do Índice de Situação Atual veio do indicador que mede o grau de satisfação com a situação econômica atual, que registra o menor patamar da série histórica pelo terceiro mês consecutivo.

“A proporção de consumidores afirmando que a situação da economia está boa caiu de 5,8%, em fevereiro, para 4,5% em março, enquanto a parcela dos que a consideram ruim aumentou de 71,6% para 77,6% no mesmo período”, explicou a FGV. 

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As expectativas também não são favoráveis em relação ao futuro próximo. O indicador que mede o otimismo em relação à evolução da situação financeira da família nos próximos  seis meses apresentou recuo de 2,8%, enquanto a proporção de consumidores prevendo melhora da situação financeira caiu de 27,9% em fevereiro para 27,% em março. O percentual dos que projetam piora aumentou de 10,5% para 12,9%.

A edição de março de 2015 coletou informações de 2.191 domicílios de 2 a 21 de março. A próxima divulgação da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 27 de abril de 2015.

Agência Brasil
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