Grazi Massafera em Três Graças está mais parecida com a Odete Roitman original do que Debora Bloch

A atriz interpreta a vilã Arminda na novela das 21h da Globo, escrita por Aguinaldo Silva

22 out 2025 - 21h51
(atualizado às 22h09)
Grazi Massafera interpreta Arminda em Três Graças
Grazi Massafera interpreta Arminda em Três Graças
Foto: Reprodução/Globo

Com apenas três capítulos de Três Graças no ar, a vilã Arminda (Grazi Massafera) já falou tantos absurdos que está sendo comparada a Odete Roitman interpretada por Beatriz Segall na versão original de Vale Tudo, de 1988.

Aguinaldo Silva, autor de Três Graças, foi um dos responsáveis por escrever a versão original de Vale Tudo, e algumas características da nova vilã se assemelham a Odete criada por ele, Gilberto Braga e Leonor Bassères. Ambas compartilham um desprezo pelo Brasil e não têm o menor pudor em expôr opiniões preconceituosas e ofensivas, o que cabe ao papel de uma vilã, alguém que representa o que é errado e não deve ser copiada.

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No capítulo desta quarta-feira, 22, por exemplo, Arminda menosprezou o Brasil. "Gente horrorosa, mal-vestida, esse país nunca deveria ter deixado de ser uma monarquia. País de índio. Quer dizer, país de povos originários, indígenas", disse.

Além disso, a personagem de Grazi Massafera foi rude com a própria mãe, Josefa (Arlete Salles). "Depois fica aí, toda chorosa quando eu falo que está ficando caduca e gorda, né? Vai comer, vai dar um ataque de indigestão e vai andar por essa casa que nem uma alma penada. E ainda vai para o meu quarto pedir ajuda."

Todos esses absurdos lembram as falas que a Odete interpretada por Beatriz Segall tinha em Vale Tudo, quando era abertamente racista, homofóbica e cheia de qualquer tipo de preconceito, além de odiar o Brasil com todas as forças.

Esse tipo de atitude era o que o público esperava da Odete Roitman do remake de Vale Tudo, escrita por Manuela Dias e interpretada por Debora Bloch.

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Na nova versão da novela, a matriarca dos Roitman fez maldades e comentários problemáticos, como quando disse que Fátima (Bella Campos) nem era tão negra assim, mas também fez comentários bem mais amenos e, em alguns momentos, foi vista como a voz da razão pelos telespectadores.

Quando a vilã apareceu na trama pela primeira vez, ao invés de espantar o público com que fala e faz, a vilã foi recebida de braços abertos, pois era a única que enxergava problemas na família Roitman e tentava consertá-los, mesmo que de um jeito torto.

A Odete de Manuela Dias foi ficando pior com o passar dos capítulos, principalmente na reta final da trama, quando começou a encomendar assassinatos, mas em nenhum momento falou o que Arminda está dizendo em Três Graças e que tem rendido elogios de internautas a Aguinaldo Silva, um autor que sabe construir grandes vilãs, como Nazaré (Renata Sorrah) e Perpétua (Joana Fomm).

Fonte: Portal Terra
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