Em 'Vale Tudo', bebê de Fátima vai para adoção, mas como fica a pensão?

Terra procurou especialista para entender os limites legais da trama e como fica o abastado valor

17 out 2025 - 11h41
(atualizado às 11h52)
Resumo
A pensão do bebê de Maria de Fátima em "Vale Tudo" deve ser paga até a conclusão do processo de adoção, momento em que os novos responsáveis assumem as obrigações legais, segundo especialista consultada.
Bella Campos caracterizada como Maria de Fátima
Bella Campos caracterizada como Maria de Fátima
Foto: Reprodução | Globoplay

A personagem Maria de Fátima (Bella Campos) em Vale Tudo (Globo) decidiu não criar o bebê que teve com César Ribeiro (Cauã Reymond). Ela escolheu por colocar o pequeno Salvador para adoção. Até então, a criança recebia uma pensão proporcional ao estilo de vida do pai, que se tornou bilionário após a morte de Odete Roitman (Debora Bloch). Com a entrega voluntária — que é protegida por lei — surge a dúvida: como fica a pensão da criança? Ela deve continuar sendo paga? E, se sim, até quando?

Segundo a advogada Fernanda Zucare, especialista em Direito Cível e de Família e sócia-fundadora do escritório Zucare Advogados, o valor deve ser pago até a conclusão do processo de entrega voluntária.

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"Concluído o processo de adoção, a mãe e o pai biológicos não terão mais que pagar pensão, pois os novos responsáveis passarão a assumir a criança como filho”, explicou Zucare, em entrevista ao Terra.

A especialista lembra que a entrega voluntária para adoção — prevista no artigo 19-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) — é um direito exclusivo da gestante ou da mãe. Ela pode manifestar, de forma livre e consciente, a vontade de entregar o bebê para adoção, sem necessidade do consentimento do pai, especialmente se ele não tiver reconhecido formalmente a paternidade, ou seja, não tiver registrado a criança.

Taís Araújo (Raquel) segura bebê de Maria de Fátima (Bella Campos)
Foto: Reprodução | Globoplay

“No entanto, se o pai for identificado e constar como genitor legal, ele deve ser notificado pelo Juízo da Infância e da Juventude para se manifestar — podendo assumir a guarda da criança, se desejar e tiver condições”, detalhou a advogada.

Apesar dessa possibilidade, quem acompanha Vale Tudo (Globo) sabe que César Ribeiro nunca demonstrou interesse em exercer a paternidade. Sendo assim, mesmo que fosse notificado, ele provavelmente se isentaria de pagar a pensão após autorizar a continuidade do processo de entrega voluntária.

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Fonte: Portal Terra
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