De plantão na redação do Rio, William Bonner entrou ao vivo no ‘Plantão da Globo’ para informar a formação de maioria na 1ª Turma do STF para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O apresentador foi o principal alvo na imprensa do então candidato de direita à Presidência e também ao longo dos quatro anos do mandato dele no Palácio do Planalto, especialmente no auge da pandemia de covid-19.
Recebeu vários xingamentos do político: “canalha”, “sem-vergonha”, “maior mentiroso”, “cara de pastel”. Teve a imparcialidade e o salário questionados pelo então presidente.
Bonner foi vítima de ataques virtuais, inclusive ameaças de morte. Dados pessoais da família foram usados em tentativas de fraudes. Houve episódios de hostilidade em público.
Em lives, Bolsonaro também direcionou ofensas à Globo: “imprensa porca”, “jornalismo podre”, “patife”, “nojenta”, “imoral”, “corrupta”.
Mesmo dizendo odiar a TV líder de audiência, Bolsonaro fez insistentes pedidos para ser entrevistado ao vivo no ‘JN’. Não houve resposta.
O chefe de Estado insinuou reiteradas vezes a possibilidade de não renovar a concessão pública da emissora, mas faltando 10 dias para deixar a Presidência, assinou o decreto dando mais 15 anos de outorga ao canal da família Marinho.