Viúva de Canisso acusa Digão de agressão; Raimundos nega e diz que tomará medidas legais

Adriana Toscano afirmou que teve o nariz quebrado com um soco de Digão antes de um show

10 dez 2025 - 19h53
(atualizado às 21h45)
Adriana contou que foi agredida ao tentar separar briga entre Canisso e Digão
Adriana contou que foi agredida ao tentar separar briga entre Canisso e Digão
Foto: Reprodução/Redes sociais

A viúva do baixista Canisso, Adriana Toscano, afirmou ter sido agredida com um soco no rosto por Digão, vocalista e líder da banda Raimundos. O relato foi feito em entrevista ao LeoDias e reacende tensões antigas entre os integrantes do grupo.

Segundo Adriana, os conflitos entre Digão e Canisso eram frequentes, a ponto de o próprio Rodolfo Abrantes, ex-vocalista da formação original, se afastar em meio ao desgaste. "Um dia ele disse pra mim e pro Canisso: 'Não aguento mais esse cara, tô caindo fora'", contou. Canisso morreu em 2023, aos 57 anos, vítima de um infarto, e completaria 60 anos nesta terça-feira, 9.

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A suposta agressão teria ocorrido durante um show no interior de São Paulo. Adriana relata que ela e o marido estavam no camarim quando Digão entrou repentinamente no local e agrediu o baixista. "Me lembro que estávamos felizes no camarim, quando o Digão entrou do nada e foi direto com um soco na cara do Canisso. Aí adivinha, né? Começou uma briga do nada, a maior confusão, um fuá estilo desenho animado. Acabei me metendo, para separar, defender o meu marido e ter sobrado até pra mim. Eu só vi a mão do Digão e quando percebi já tinha levado um soco e quebrado o nariz", afirmou.

Mesmo após o tumulto, a banda seguiu com a apresentação, enquanto Adriana chorava e era acolhida pela produção. "No dia seguinte, fui ao hospital, e realmente tinha quebrado o nariz. Neste mesmo dia o meu telefone tocou, eu atendi, era o Digão. Ele chorava muito, pediu desculpas e disse que era uma pessoa horrível", relatou.

Questionada se o havia perdoado, Adriana disse que o sentimento mudou com o tempo. "Eu perdoei naquele momento, mas depois, quando ocorriam as reincidivas, percebi que não mudaria nada. O padre me disse: 'Você tem que perdoar, porque ele vai ter a chance dele de se arrepender quando morrer'. Isso me fez pensar muito. A gente perdoa, mas, esquecer, é difícil. Hoje, meu coração tá leve e sereno. Tenho minha consciência tranquila".

A viúva tem usado as redes sociais para denunciar que os herdeiros de Canisso não estariam recebendo valores previstos em contrato. Segundo ela, o Raimundos teria criado um novo CNPJ para contornar os acordos firmados com os sócios originais. "Não quero acabar com a banda atual, só quero que eles cumpram com as leis sem usar subterfúgios de mudança de CNPJ e querer dizer que estão certos. Não mudou, o baixista que morreu, um dos fundadores da banda junto com Rodolfo e Digão", afirmou.

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Resposta da banda

Em resposta, o Raimundos divulgou uma nota oficial negando completamente a acusação de agressão. "A equipe jurídica da banda já foi acionada e adotará as medidas cabíveis contra os responsáveis por essa calúnia", declarou.

Sobre as questões financeiras, o comunicado destacou três pontos. Primeiro, afirmou que os herdeiros de Canisso são sócios apenas da empresa Paulêra e têm direito à distribuição de lucros, caso exista, mas não a percentuais de cachês de shows. Segundo, disse que a marca Raimundos sempre esteve registrada em nome da empresa Tobalove, cujo único sócio é Digão, e que Canisso deixou essa sociedade em 2003. Por fim, a banda afirmou que os herdeiros seguem recebendo direitos autorais, ECAD e demais receitas devidas, além de terem recebido apoio financeiro temporário após a morte do músico.

Fonte: Portal Terra
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