Em 1949, uma jovem de 23 anos se mudou de sua terra natal, o Alabama, para Nova York em busca de melhores oportunidades. Ela sonhava em ser escritora, mas para se sustentar, aceitou diversos empregos. Primeiro, em uma livraria e, mais tarde, como agente de passagens aéreas.
Ela escrevia nas horas vagas e chamou a atenção com seus contos. Michael Brown, um renomado astro da Broadway, reconheceu seu talento e a incentivou a perseguir seu sonho. Assim, no Natal de 1956, ele lhe deu um bilhete: "Você tem um ano de folga para escrever o que quiser. Feliz Natal". Junto com o bilhete, veio seu salário pelos próximos 12 meses.
Afinal, quem era essa mulher?
Essa jovem talentosa (e sortuda) era Harper Lee, autora de "O Sol é para Todos" (To Kill a Mockingbird). "Eles me garantiram que não era brincadeira. Disseram que tinham tido um bom ano. Tinham economizado algum dinheiro e acharam que era hora de fazer algo comigo", relembrou Lee em entrevista à revista McCall's em dezembro de 1961, conforme relatado posteriormente pelo The Guardian.
"Eles queriam demonstrar a fé que depositavam em mim da melhor maneira possível. Se eu chegasse a vender alguma coisa ou não, era irrelevante. Eles queriam me dar uma chance plena e justa de aprender minha arte, livre da correria e da agitação de um emprego convencional", completou ela.
Lee correspondeu às expectativas e usou suas próprias experiências no Alabama para escrever um olhar perspicaz sobre a desigualdade racial e o estupro. Depois de algum te...
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