Um dos maiores ícones da música sertaneja raiz, Tião Carreiro (1934-1993) teria completado 91 anos neste sábado, 13. O cantor marcou o gênero pelo seu talento e inovação, mas também por momentos polêmicos, um deles seria um momento chocante envolvendo a dupla Chitãozinho (71) e Xororó (68).
Conhecido pelo seu temperamento forte, Tião Carreiro teve um episódio polêmico vindo a público recentemente após revelação de Dona Aurora (falecida em 2024), conhecida como a "madrinha do sertanejo". Em entrevista ao podcast do jornalista Sergio Fontinelly, Canal do Fontinelly, a cantora compartilhou a história de que Tião teria expulsado Chitãozinho e Xororó de um hospital, quando a dupla foi prestar apoio e oferece-lo ajuda.
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Segundo o relato de Aurora, ele não reagiu bem à visita e pediu para que eles se retirassem, atitude atribuída por colegas a seu jeito difícil e perfeccionista. A declaração veio a tona nas redes sociais e trouxe discussões sobre os bastidores do sertanejo, e mostrando que, mesmo com admiração e respeito dos envolvidos, ainda haviam conflitos entre eles por conta de suas personalidades fortes.
Mesmo sendo considerada uma pessoa difícil, o legado de Tião Carreiro permaneceu intocado. Continua sendo reconhecido como um dos maiores violeiros do país, e por sua forte influencia em diversos artistas do gênero, como os próprios Chitãozinho e Xororó, que ajudaram a levar o sertanejo a novos públicos nos anos 1970.
A vida do artista
José Dias Nunes, nascido em Monte Azul (MG), em 13 de dezembro de 1934. Se consagrou como um dos principais responsáveis por sua preservação e evolução da música caipira. Foi ele quem criou o pagode de viola, ritmo que revolucionou o sertanejo tradicional e se tornou sua marca registrada.
Tião trabalhou como garçom e se apresentava em rádios e circos do interior paulista, antes de se consagrar como ícone sertanejo. Sua carreira mudou completamente quando começou a dominar a viola, instrumento que passou a tocar até o fim da vida. Ao longo dos anos, formou várias duplas, mas ao lado de Pardinho (1932-2001) que construiu seu legado, e se tornaram referência para inúmeras gerações de artistas.
Tião Carreiro faleceu em São Paulo no mês de outubro de 1993, aos 58 anos, por complicações da diabetes, pouco tempo depois de anunciar que passaria por um transplante de rim. Décadas após sua morte, suas obras continuam vivas, reafirmando seu posto como um dos pilares da música sertaneja.
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