Em 16 de novembro, Tom Cruise receberá um Oscar honorário da Academia de Ciências Cinematográficas no 16º Governors Awards.
Um reconhecimento mais do que merecido — e tardio. “Já não era sem tempo”, diz o ‘Hollywood Reporter’. O artigo ressalta que o ator foi muitas vezes “esquecido, subestimado e ignorado” pela premiação.
Desde 1986, quando estrelou ‘Top Gun - Ases Indomáveis’, ele gerou cerca de 10 bilhões de dólares em receitas por seus filmes. Somente a franquia ‘Missão Impossível’, com oito longas, rendeu 4,6 bilhões e inspirou a transformação de outros atores em astros de ação.
Além de lucro, Cruise entregou algumas atuações memoráveis, a exemplo do veterano de guerra Ron Kovic em ‘Nascido em 4 de Julho’, o agente de atletas Jerry Maguire no filme homônimo e o guru de relacionamento (precursor dos coaches de red pill) Frank T.J. Mackey em ‘Magnólia’. Estes personagens resultaram em indicações ao Oscar e vitórias no Globo de Ouro.
Ele é considerado um bom ator dramático, mas preferiu priorizar a carreira de produtor para protagonizar longas populares onde tinha total controle, do roteiro ao marketing de lançamento.
Visto como mais um rosto bonitinho no início da carreira, o ator conseguiu agradar aos mais diversos perfis de espectadores, contribuindo para a formação de novas gerações de pagantes de ingressos de cinema.
No Brasil, as exibições de seus principais longas na TV sempre garantiram audiência revelante.
Como a maioria dos ídolos das telonas, Tom Cruise coleciona algumas polêmicas, a exemplo da devoção à Cientologia, o posicionamento contra a psiquiatria e a recusa em ter contato com a filha caçula, Suri.
A cerimônia principal do Oscar acontecerá em 15 de março. Tom Cruise, 62 anos, poderá estar presente na plateia e ser citado como vencedor do prêmio honorário.