O rapper Oruam, de 25 anos, se pronunciou nas redes sociais após a megaoperação das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada nesta terça-feira (28), que deixou pelo menos 64 mortos e 81 presos. A ação, considerada a maior operação de segurança da história do estado, teve como alvo o Comando Vermelho e foi deflagrada nos complexos do Alemão e da Penha, zonas de maior vulnerabilidade social da capital fluminense.
Entre as vítimas estão quatro policiais, de acordo com informações da Polícia Civil. Barricadas, ônibus incendiados e bloqueios em vias expressas como Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Brasil transformaram a cidade em um cenário de guerra, com o transporte público colapsado e milhares de cariocas tentando voltar para casa a pé.
'Favela chora'
Filho de Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP - um dos líderes históricos do Comando Vermelho, preso desde 1996 -, Oruam cresceu na Penha e tem usado as redes para expressar o que chama de dor coletiva das comunidades. Em seu perfil no Instagram, ele publicou: "Minha alma sangra quando a favela chora, porque a favela também tem família. Se tirar o fuzil da mão, existe o ser humano".
A declaração foi feita horas após a confirmação do número de mortos. Em outro trecho, o rapper voltou a condenar o que chamou de massacre: "Nunca vou achar normal a polícia entrar em uma favela e matar 70 pessoas quando o que sempre faltou foi oportunidades. A favela tem família, não é parque de diversão da burguesia. A caneta mata mais do q...
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