Filhos de Virginia e Zé Felipe podem estar sofrendo com novos padrastos: 'Chamar de pai'

Filhos de Virginia e Zé Felipe podem estar 'confusos' com a chegada de Ana Castela e Vini Jr.; veja

16 nov 2025 - 16h09

Com Virginia Fonseca e Zé Felipe vivendo novos relacionamentos, cresce a curiosidade do público sobre como os três filhos do ex-casal -- Maria Alice (4), Maria Flor (3) e José Leonardo (1) -- lidam com a presença de um padrasto e de uma madrasta em suas rotinas. Nessa fase da infância, mudanças familiares podem despertar dúvidas e emoções intensas, mesmo quando a criança ainda não compreende conceitos como namoro, casamento ou separação.

Foto: Mais Novela

Segundo o psiquiatra Iago Fernandes, especialista em saúde mental infantil, crianças dessa idade estão em um período de desenvolvimento emocional acelerado e percebem qualquer mudança principalmente pelo ambiente, não pela lógica. Elas não entendem "relações adultas", mas entendem vínculo, previsibilidade e afeto.

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"É possível chamar o adulto novo de pai ou mãe"

Iago explica que, antes dos 5 anos, o cérebro ainda está construindo os significados das palavras, e a criança associa figuras de cuidado àquelas que estão presentes fisicamente, oferecem afeto e garantem segurança. Por isso, pode acontecer de uma criança chamar um adulto novo de "tio", "tia", ou até de "pai" ou "mãe" em momentos específicos.

"Isso não significa confusão de identidade", explica o médico. "É apenas a linguagem infantil tentando expressar vínculos que ainda estão sendo construídos."

Para ele, cabe aos adultos apenas reforçar com gentileza quem é quem, sem brigas, sem correções rígidas e, principalmente, sem transformar o momento em conflito.

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A chegada de novos parceiros pode gerar sofrimento?

Iago pontua que pode, mas depende dos adultos Segundo o psiquiatra, mudanças na estrutura familiar podem provocar alguns sentimentos como:

  • ciúmes;
  • medo de perder a atenção dos pais;
  • estranhamento do novo parceiro;
  • comportamento regressivo ou irritadiço;
  • rejeição por lealdade ao genitor ausente.

Mas ele reforça que o sofrimento não vem da figura do padrasto ou madrasta, e sim da forma como os adultos lidam com a transição: "Quando há brigas entre os pais, competição entre casas ou mensagens contraditórias, a criança se desorganiza. Quando há diálogos maduros, rotina estável e acolhimento emocional, ela se adapta com naturalidade."

Como apresentar um novo parceiro sem afetar a criança

Iago Fernandes destaca alguns passos fundamentais para uma adaptação saudável:

  • A relação do adulto precisa estar minimamente estável. Nada de apresentar vínculos passageiros.
  • A apresentação deve ser simples e sem pressão: "Esse é meu amigo, vamos brincar juntos hoje."
  • O adulto novo entra devagar, sem assumir papel de "pai" ou "mãe" imediatamente.
  • Coerência entre as casas: discurso alinhado entre mãe e pai para não confundir a criança.
  • Observar a criança: regressões, irritabilidade ou alterações de comportamento são sinais que precisam de atenção.

Para o especialista, o segredo não está em "apresentar um namorado", mas em construir tempo, vínculo e previsibilidade: "Famílias modernas podem mudar de forma, mas continuam sendo família quando colocam a criança no centro das decisões — e não no centro dos conflitos. Quando os adultos amadurecem, as crianças florescem."

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