Nos últimos dias, passaram a circular nas redes sociais e em blogs locais rumores de que Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador de basquete e preso na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim (RN), teria sido vítima de agressões e abusos cometidos por outros detentos.
Igor está preso desde julho, quando foi acusado de espancar brutalmente a então namorada, Juliana Garcia, com 61 socos dentro de um elevador, crime que gerou forte repercussão nacional. Por se tratar de um caso de violência doméstica extrema, a possibilidade de retaliação no sistema prisional passou a ser especulada. Um dos boatos chegou a indicar que ele teria recebido atendimento médico no início de outubro por conta das supostas agressões.
As informações, no entanto, foram negadas oficialmente.
A família de Igor Cabral afirmou ao site Hugo Gloss que não procede qualquer alegação de violência sofrida por ele dentro da unidade prisional. Segundo os familiares, no mesmo dia em que os rumores ganharam força, Igor recebeu a visita de dois advogados e não relatou nenhum episódio de agressão na Dinorá Simas. A família optou por não divulgar mais detalhes, mas reforçou que os boatos são falsos.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (SEAP) também se manifestou para esclarecer o caso. Em nota enviada ao blog de Robson Pires, o órgão foi direto: "Não procede a informação de que o custodiado Igor Cabral sofreu qualquer tipo de violência na unidade prisional."
Com a manifestação da família e da secretaria, as versões que apontavam agressões por outros presos perderam sustentação.
Denúncia anterior envolvendo agentes penitenciários
Apesar do desmentido atual, Igor Cabral já esteve envolvido em outra denúncia grave dentro da prisão. Em agosto, ele acusou policiais penais da Cadeia Pública Dinorá Simas de agressões. Na ocasião, afirmou que teria sido despido, algemado e agredido com socos, chutes e spray de pimenta, além de ter recebido ameaças de estupro, envenenamento e morte.
A Corregedoria do Sistema Penitenciário confirmou que o caso foi encaminhado para apuração. Igor foi levado à delegacia para registrar boletim de ocorrência e passou por exame de corpo de delito. O processo segue em análise.
Enquanto a situação do detento é monitorada pelas autoridades, Juliana Garcia, vítima do ataque, continua em recuperação. Ela precisou passar por cirurgia de reconstrução facial devido à gravidade das lesões e classificou o episódio como um atentado contra a própria vida, relatando um relacionamento marcado por comportamentos tóxicos e abusivos.