A trajetória de sucesso de Zé Neto e Cristiano passou por um momento delicado nos últimos anos, exigindo decisões duras nos bastidores. Após a explosão nacional com o hit "Largado às Traças", em 2018, a dupla precisou desacelerar a agenda e rever prioridades para preservar a saúde de um de seus integrantes. As informações são do EXTRA.
Em entrevista ao canal de Andre Piunti no YouTube, Cristiano relatou que o quadro de Zé Neto se agravou no período pós-pandemia, especialmente após a morte de Marília Mendonça. Segundo ele, o parceiro passou a abusar do álcool e do cigarro eletrônico, o que afetou diretamente sua voz, além de enfrentar depressão e síndrome do pânico. "No pós-pandemia, depois do acidente da Marília, o Zé foi ficando mal. O maior problema, de início, foi o cigarro eletrônico, que começou afetar o que ele mais amava, que era sua voz. Ele não tinha voz nem mais para falar. Ele chegava para fazer os shows, não tinha voz para cantar e se anestesiava no álcool. Subia no palco bêbado, e, ao mesmo tempo, tratando a depressão com medicamentos. Tive que fazer um ultimato: 'Ou você para de beber ou a dupla acaba'", afirmou.
Diante da gravidade da situação, Cristiano contou que reuniu a equipe para decidir os rumos da carreira e optou por uma pausa total. "Eu disse que não podia mais continuar como estava. Não queria ser o responsável pela morte dele", desabafou. A decisão levou a dupla a ficar afastada dos palcos e dos estúdios por três meses, entre outubro e dezembro de 2024, período em que os dois chegaram a passar cerca de dois meses sem contato direto.
Com a retomada gradual das atividades, a dinâmica profissional também mudou. Cristiano afirmou que o retorno aconteceu de forma mais cautelosa, sem a pressão excessiva do início da carreira. "No começo as pessoas não tinha esperança de que o Zé se recuperaria e de que a gente voltaria à ativa como era antes. Voltamos, mas com meio pé no acelerador. Não precisamos mais daquela loucura do início, aquela ganância", concluiu o cantor.