Virginia Fonseca fez sua estreia como rainha de bateria no minidesfile da Grande Rio, que aconteceu no domingo, 30, na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Nas redes sociais, a influenciadora foi alvo de críticas, pois algumas pessoas consideraram que faltou samba no pé.
Carlinhos Salgueiro, coreógrafo, diretor da ala das passistas do Salgueiro e professor de samba de Virginia, analisou a performance dela e defendeu a rainha de bateria.
"Estou muito feliz e realizado. Essa visibilidade às vezes assusta, a crueldade das pessoas às vezes magoa demais, eu não estou acostumado. O povo é muito cruel e eu conheço tanto brasileiro que não sabe sambar, mas o povo quando fica no computador, no telefone tem uma força", desabafou.
O profissional lamenta por boa parte das críticas virem de mulheres. "Não têm empatia, não têm sororidade, só sabem se achar juízes da internet. Pode ter certeza que vou reverter e ela vai entregar. Ela foi um pouco contida, sim, mas acredito que com o tempo ela vai sentir a energia do Carnaval. O samba tem algo que ninguém tem. A energia do samba é surreal", analisou.
Carlinhos explicou que tudo é um processo e o resultado acontece aos poucos. "Não posso colocar 30 anos de samba em três aulas. Tenho o meu jeito, ela tem o dela e a minha metodologia é pegar o melhor da pessoa para ela se soltar por si só", disse.
Ele seguiu o defendendo sua aluna. "Conheço muito brasileiro que não sabe sambar, conheço muita negra que não sabe sambar, mas o povo fica na internet com uma força e esquece que por trás da artista, da celebridade que ela é, ela é uma mãe, é uma mulher, pelo menos ela não fica chateada, mas magoa. Mas isso não vai mudar, os juízes", completou.