Deusas, rainhas, natureza, monstros, choque de ordem e dinheiro na cueca devem marcar as apresentações do Grupo de Acesso, que acontece na noite deste sábado na Sapucaí, no Rio de Janeiro. Apenas uma agremiação terá o direito de integrar o Grupo Especial em 2011.
A primeira escola será a Unidos de Padre Miguel, que entra na avenida para contar a história do aço e promete muitos efeitos especiais. Até um Caveirão - o blindado da Polícia Militar do Rio - estará na passarela.
O Império Serrano, que caiu no ano passado, luta pelo título. O enredo homenageia João do Rio. A escola terá alegorias simples, mas aposta na integração dos componentes. "Nós vamos resgatar o antigo Carnaval, de samba no pé", afirmou o carnavalesco Mauro Leite, que divide as criações com Rosa Magalhães e Andréa Vieira.
O Império da Tijuca, com o carnavalesco Jack Vasconcelos, que levou o título do ano passado pela Ilha, canta a Rainha Jinga. O abre-alas preto deve chocar o público.
Com o secretário de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, na avenida, a São Clemente mostrará o Choque de Ordem na avenida. O público vai identificar reboque de carros, demolições de imóveis e gatos de luz.
Chamando a atenção para a preservação da água, a Inocentes de Belford Roxo preparou carros grandiosos. Os carnavalescos Paulo Barros e Wagner Gonçalves, da Renascer de Jacarepaguá, criaram uma cidade debaixo d'água. Aquaticópolis tem guarda municipal, balsa de valores, um mercado popular e até vida noturna. O abre-alas soltará bolinhas de sabão.
Já a Acadêmicos de Santa Cruz, com um enredo sobre dança e música, terá os cinco carros com passos marcados. A funkeira Perlla é destaque.
O Estácio fará um passeio por sua própria história e terá participação especial do casal de mestre-sala e porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha Sorriso e Claudinho, que começaram em São Carlos.
A Caprichosos reedita o samba de 1985 - "tem bumbum de fora pra chuchu" -, que fala de saudade, mas trará um protesto contra a corrupção na política. A jornalista Enêida de Moraes será homenageada na Tuiti, que terá uma bateria com 220 componentes de fantasias distintas.
A Acadêmicos da Rocinha, que fala de guerreiras africanas, reaproveitou 70% das alegorias do ano passado. O Cubango, com o carnavalesco Milton Cunha, deve mostrar o Carnaval mais luxuoso: foram gastos R$ 3,5 milhões para falar de saudade.