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Netflix quer que metade de seu catálogo seja de produções originais até 2018

17 out 2017 - 08h03

A Netflix anunciou nesta segunda-feira (16) seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre do atual ano fiscal e revelou planos para o futuro.

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Foto: Canaltech

Dando continuidade à sequência de bons resultados, a plataforma de streaming de vídeos sob demanda reportou US$ 2,99 bilhões em receitas e que ganhou 5,3 milhões novos assinantes em todo o mundo - número recorde em um trimestre.

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As cifras agradaram investidores e o mercado financeiro, que reagiu ao anúncio negociando as ações da empresa por US$ 202 ao término do pregão de ontem. O valor é o mais alto já registrado pela Netflix, que na última sexta-feira (13) viu seus papéis alcançarem a marca de US$ 200 pela primeira vez na história.

Planos para o futuro

A Netflix também aproveitou a oportunidade para revelar seus planos para o futuro. Segundo a companhia, um total de US$ 8 bilhões serão investidos já no próximo ano em produções originais. A ideia é se tornar mais independente em relação a acordos com terceiros e não correr mais o risco de ver uma grande quantidade de conteúdo abandonando a plataforma como aconteceu com o fim dos acordos com a FOX e com a Disney, por exemplo.

Por esse motivo, a companhia quer que 50% de todo o seu catálogo seja de produções da casa. Em conferência na tarde de ontem, o diretor de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos, não só confirmou o plano como também detalhou como exatamente todo esse dinheiro será investido.

De acordo com o executivo, boa parte dos US$ 8 bilhões serão destinados a produção de 30 novos animes e 80 novos filmes originais, todos previstos para chegarem ao serviço já em 2018.

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Apesar de não ter falado explicitamente se existe algum outro objetivo por trás disso tudo, podemos especular dois pontos interessantes sobre essa decisão da Netflix. O primeiro deles é que, com o aumento da oferta de animes, a plataforma mira dois grandes concorrentes que fornecem esse tipo de conteúdo ao público: o Crunchyroll e a pirataria. Em relação aos filmes, a empresa espera alcançar o mesmo sucesso que a concorrente Amazon, que lançou Manchester À Beira Mar e faturou os Oscars de Melhor Ator e Melhor Roteiro Original em 2017.

Os planos são animadores e a nós, espectadores, só resta torcer para que tudo dê certo e que nenhum novo aumento na mensalidade aconteça.

Canaltech
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