Kwai vira rede de venda e propagação de pedofilia, diz site

Plataforma afirmou que não produz conteúdo e não compactua com qualquer temática que prejudique a integridade de seus usuários

24 jan 2024 - 12h59
(atualizado em 29/1/2024 às 10h51)
Kwai apresenta conteúdos que sexualizam menores de idade, diz reportagem do Núcleo Jornalismo
Kwai apresenta conteúdos que sexualizam menores de idade, diz reportagem do Núcleo Jornalismo
Foto: Divulgação/Kwai / Tecnoblog

A plataforma Kwai não estaria agindo de forma eficaz na moderação de vídeos, comentários e perfis que sexualizam crianças e adolescentes — o que facilita a disseminação de conteúdo que expõem menores de idade nas redes — conforme afirmou reportagem do Núcleo Jornalismo

Nascido na China, o app chegou no Brasil em novembro de 2019, mas ganhou força em 2022. Ele funciona como uma plataforma simples de publicação de vídeo, com ferramentas para adicionar música, efeitos e filtros para pequenas produções — a proposta é muito semelhante à do TikTok

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No Brasil, a plataforma, que atualmente patrocina o reality Big Brother Brasil 24, tem aproximadamente 48 milhões de seguidores. 

Para concluir sobre as falhas em torno da moderação de conteúdo impróprio, o Núcleo usou a rede social por meio de dois perfis diferentes ao longo de dois meses – com uma terceira rodada de testes feita usando o Kwai sem contas logadas.

A reportagem concluiu que: 

  • A falta de moderação do Kwai faz com que o conteúdo impróprio seja distribuído para cada vez mais pessoas e promove o uso da rede social como ponto de encontro para interessados em materiais do tipo;
  • Denúncia enviada ao MPF diz que Kwai estaria promovendo conteúdos irregulares para "angariar seguidores, cliques e engajamento", o que incluiria a exposição indevida de menores;
  • Aos novos usuários, a plataforma exibe vídeos sexualmente sugestivos de influenciadoras mirins em contextos de duplo sentido, que opera como uma primeira camada de materiais abusivos que vão ficando mais explícitos à medida que o uso da plataforma se intensifica.

Em um inquérito civil instaurado em 18 de janeiro de 2024, o Ministério Público Federal (MPF) investiga as suspeitas de que o Kwai teria financiado a produção de conteúdos com violência contra mulheres e a exposição indevida de crianças e adolescentes para serem veiculados na rede social.

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Ex-funcionários acusam a plataforma de fazer isso na busca por "angariar seguidores, cliques e engajamento", de acordo com denúncia enviada ao MPF, reportou o Núcleo. 

Procurado pelo Byte, a plataforma Kwai se posicionou afirmando que não produz conteúdo e não compactua com qualquer temática que prejudique a integridade de seus usuários.

O Kwai afirmou que oferece recursos de denúncia, permitindo aos usuários relatar comportamentos e vídeos inadequados, e conta com mecanismos de segurança que operam 24 horas por dia, combinando análise humana e inteligência artificial para identificar e remover conteúdos impróprios.

Confira a nota na íntegra:

"O Kwai não produz conteúdo e não compactua com qualquer temática que prejudique a integridade de seus usuários. Assim, agradecemos e analisamos todas as denúncias recebidas em nossos canais e via imprensa - e removemos imediatamente qualquer conteúdo que viole as Diretrizes da Comunidade.

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Assim, agradecemos e analisamos todas as denúncias recebidas em nossos canais e via imprensa - e removemos imediatamente qualquer conteúdo que viole as Diretrizes da Comunidade.

A plataforma reitera que está em constante evolução, sempre buscando novas formas de melhorar seus mecanismos e políticas para garantir um ambiente digital cada vez mais seguro e saudável para todos os usuários. 

Por que algumas pessoas se arrepiam com uma música? Por que algumas pessoas se arrepiam com uma música?

Por isso, o Kwai oferece recursos de denúncia, permitindo aos usuários relatar comportamentos e vídeos inadequados, e conta com mecanismos de segurança que operam 24 horas por dia, combinando análise humana e inteligência artificial para identificar e remover rapidamente tais conteúdos impróprios. Também verificamos regularmente a segurança da ferramenta de buscas, para prevenir a presença de conteúdos que violem as políticas do aplicativo. 

Para denunciar um perfil, basta entrar no perfil que pretende denunciar e clicar nos três pontos que estão no canto superior direito da tela. Em seguida, selecione a opção "Denunciar" e escolha o motivo. Para denunciar um vídeo, o usuário pode seguir duas abordagens. Primeiramente, ao acessar o vídeo desejado, pode clicar no ícone de compartilhamento, selecionar a opção "Denunciar" e escolher o motivo. Outra forma, é manter pressionado o vídeo, o que resultará na aparição da opção "Denunciar". Em seguida, basta selecionar o motivo para a denúncia."

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Fonte: Redação Byte
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