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Crânio de pliossauro bate recorde de fóssil mais completo

Encontrado cravado em uma encosta de maneira curiosa em 2023, os restos do réptil marinho seguem batendo recordes e impressionante paleontólogos de todo o mundo

18 abr 2024 - 19h03
(atualizado em 19/4/2024 às 10h54)

Em 2023, paleontólogos de todo o mundo se surpreenderam com o achado do fóssil de um pliossauro de 150 milhões de anos enterrado em uma encosta da praia de Dorset, no Reino Unido. A localização curiosa e difícil extração já foram impressionantes, mas, agora, o chamado SeaRex entrou para o Guinness, o Livro dos Recordes, por ter o crânio mais completo já achado da espécie. 

Foto: Royal Ontario Museum/CC-BY-2.0-Attribution / Canaltech

Em área de superfície, o crânio do réptil marinho está 95% completo, preservando quase todos os ossos originais. São 130 dentes entrelaçados e bastante pontudos, constituindo uma mordida mais forte que a de um tiranossauro, rendendo o apelido de SeaRex (rei dos mares, em tradução livre).

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O crânio foi notado por um paleontólogo amador chamado Phil Jacobs enquanto andava pela praia, o que levou ao estudo da falésia e encontro do fóssil com um scan completo da geografia local. A estrutura do pliossauro tem 2 metros de comprimento e sua recuperação foi relatada no documentário da BBC Attenborough And The Giant Sea Monster (Attenborough e a Besta Marinha Gigante, em tradução livre).

O fóssil de bilhões

Em comunicado enviado ao site IFLScience, o próprio Sir David Attenborough, comunicador científico e figura importante na conscientização ecológica e protagonista de inúmeros documentários, comentou surpresa com o tamanho do crânio ao vê-lo pessoalmente. Segundo ele, é a parte mais informativa do corpo do animal, mas também a mais delicada.

Os pliossauros foram grandes répteis predadores do Jurássico — na foto, um fóssil da espécie com 170 milhões de anos (Imagem: virtusincertus/CC-BY-2.0)
Foto: Canaltech

O produtor executivo do documentário sobre o pliossauro e seu encontro, disse ser "um fóssil em um bilhão". Ele está agora em exibição na Coleção Etches, em Dorset, e a organização busca doações para voltar ao trabalho na encosta, já que acredita-se haver mais partes do corpo do animal enterradas no local.

Quando da escavação, os cientistas recuperaram parte da escápula do réptil marinho, bem como alguns dedos da nadadeira e algumas vértebras, embutidas nos restos da cabeça. Era possível ver mais alguns ossos no fundo da escavação, levando à crença de que todo o resto do corpo possa estar fossilizado no local. Você pode contribuir através da página do projeto no site de financiamento coletivo JustGiving.

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Fonte: Guinness World Records, The Etches Collection com informações de IFLScience

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