FAO lança plano de cooperação mundial para preservar os solos
7 set2011 - 16h58
(atualizado às 18h01)
O diretor-geral do braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agricultura e a Alimentação (FAO), Jacques Diouf, advertiu nesta quarta-feira em Roma sobre a degradação dos solos, o que, segundo ele, constitui uma ameaça para a segurança alimentar do planeta, durante o lançamento de uma Aliança mundial sobre os solos.
"O solo é um componente essencial dos sistemas de produção e dos ecossistemas terrestres. No entanto, é também um recurso frágil e não renovável", destacou Diouf, no discurso de abertura de uma conferência de três dias para lançar esta nova aliança.
Ela deve ser o equivalente da Aliança mundial para a água, iniciada em 1996, e tem por nome oficial "Aliança mundial sobre os solos para a segurança alimentar e a adaptação às mudanças climáticas e sua atenuação".
Segundo a FAO, apenas na África 6,3 milhões de hectares de terras agrícolas deterioradas perderam sua fertilidade e devem ser regeneradas para satisfazer a demanda por alimentos de uma população que pode duplicar nos próximos 40 anos.
Em 1982, a FAO já havia adotado uma "Carta mundial de solos" com os princípios e diretrizes de gestão durável e de proteção dos solos aprovados pelos governos e por organizações internacionais.
A nova Aliança deve contribuir não apenas para colocar em ação as disposições da Carta de 1982, cuja aplicação está atrasada, mas também para reforçar a sensibilização sobre a importância dos solos para a segurança alimentar, ao mesmo tempo em que irá motivar a ação dos que decidem.
A Aliança também tem por vocação oferecer um ambiente propício a soluções técnicas de proteção e de gestão dos solos, ajudando a mobilizar recursos e competências para atividades de programas conjuntos.
A crise atual no Chifre da África se deve a políticas e práticas inadequadas de gestão dos solos e da água, que se agregam aos problemas de segurança e governança, segundo a FAO.
Em 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, da empresa British Petroleum (BP), no Golfo do México, impactou na vida marinha, nos habitats costeiros e na vida de pessoas que vivem em comunidades litorâneas
Foto: Getty Images
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A tragédia afetou cinco Estados americanos - Flórida, Alabama, Mississípi, Louisiana e Texas - e cinco mexicanos - Tamaulipas, Veracruz, Tabasco, Campeche e Yucatán
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O golfo abriga espécies marinhas desde gigantescos mamíferos até comunidades microscópicas que constituem a base da cadeia alimentar desse ecossistema
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Calcula-se que no desastre ambiental morreram 180 tartarugas, quase 7 mil aves, 150 golfinhos, milhares de lulas, caranguejos, peixes e de extensos recifes de coral
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De acordo com o serviço de vida marinha e selvagem dos EUA, logo após um vazamento dessas dimensões, as autoridades devem: conter os poluentes; efetuar a limpeza dos locais afetados; avaliar os danos; multar a empresa responsável e reaplicar o dinheiro na recuperação da área; elaborar um plano de restauração; e monitorar como evolui a restauração da vida na região
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Em 2007, a Coreia do Sul presenciou o pior derramamento de petróleo a afetar o país, que atingiu cerca de 215 km de praias e rochedos
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Mais de 10 mil t de petróleo vazaram após o acidente entre um cargueiro e um navio petroleiro na Coreia
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Um vazamento de lama tóxica afetou moradores de três vilarejos do oeste da Hungria, em 2010
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Nove pessoas morreram e mais de 150 pessoas ficaram feridas, a maioria com queimaduras decorrentes do elevado índice de PH (12) espalhado na lama avermelhada
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O vazamento de uma substância tóxica contaminou cerca de 40 km² do oeste da Hungria e também o rio Danúbio e pode ter chegado aos países vizinhos pela corrente das águas
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Segundo a prefeitura de Devecser, em um dos vilarejos afetados 30 pessoas tiveram seus imóveis totalmente destruídos pela lama tóxica. Ao todo, extima-se que 300 casas tenham sido danificadas pelo vazamento
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O governo húngaro havia oferecido na época 700 imóveis em diferentes partes do país para aqueles que preferiam não voltar às duas localidades
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Imagens mostram como estava o mar de Aral em 1973 (esq.), em 1999 (centro) e em 2009 (dir.). Aral, que na verdade era um gigantesco lago de água salgada na Ásia Central (já foi o quarto maior do planeta), tinha o tamanho da Irlanda. Contudo, desde os anos 60, ele perdeu mais da metade de seu volume. Os rios que alimentam o mar foram sobrecarregados por irrigações nas plantações de campos de algodão, ainda na época da União Soviética
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O berço da civilização também não escapou da mão do homem. Imagens mostram os pântanos da Mesopotâmia (em vermelho) em 1999 (esq.) e em 2000. A histórica região entre os rios Tigre e Eufrates sofreu, na metade do século XX, com a drenagem para a agricultura. Além disso, áreas pantanosas foram drenadas para atingir os contrários ao partido que dominava o Iraque na época
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