A história entre as duas Coreias tem sido marcada por desencontros. Tomemos como exemplo os últimos doze meses: a Coreia do Sul foi alvo de uma chuva de balões cheios de lixo e a resposta do vizinho veio na forma de drones e propaganda. A vingança do norte foi um estrondo de ruído, e o sul não ficou atrás, com uma playlist infinita de K-pop.
E, de repente, um dos dois levantou a bandeira branca — e o outro respondeu.
Silêncio na fronteira
Em um ato que pode ser considerado histórico, um giro simbólico e estratégico rumo à reconciliação, a Coreia do Sul desligou os alto-falantes de propaganda que, ao longo do último ano, transmitiam músicas de K-pop sem parar, além de notícias e mensagens ideológicas, na fronteira com a Coreia do Norte. A decisão, tomada pelo novo presidente sul-coreano Lee Jae-myung, representa um dos seus primeiros passos concretos para reduzir as tensões entre Seul e Pyongyang, após anos de deterioração sob seu antecessor, Yoon Suk Yeol.
A medida busca restabelecer canais de confiança e diálogo em uma península que permanece tecnicamente em guerra desde 1953. Segundo explicou seu porta-voz, a suspensão tem como objetivo "restaurar a confiança nas relações intercoreanas e construir a paz na península coreana".
Como mencionamos no início, a política anterior resultou em uma escalada peculiar, mas bastante intensa: enquanto a Coreia do Sul usava alto-falantes potentes para transmitir música pop e notícias direcionadas a soldados e civis do norte, Pyongyang...
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