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Como a periferia aparece nas propostas dos candidatos de PE

Dos cinco principais postulantes ao governo pernambucano, apenas dois citam a periferia em suas promessas

27 ago 2022 - 05h00
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Urna eletrônica a ser usada nas eleições de 2022
Urna eletrônica a ser usada nas eleições de 2022
Foto: Abdias Pinheiro / SECOM/TSE

As periferias fazem parte das preocupações dos candidatos ao governo de Pernambuco e estão nas propostas apresentadas para as Eleições 2022. No entanto, os compromissos com as quebradas pernambucanas aparecem discretamente nos planos de governo inseridos pelos postulantes no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

As propostas registradas pelos cinco principais postulantes ao governo pernambucano citam a periferia indiretamente em temas como a fome, educação, pobreza, desigualdade e direitos humanos. Mas a palavra ‘periferia’ é mencionada diretamente apenas em três oportunidades. 

As promessas registradas na Justiça Eleitoral, no entanto, não obrigam os postulantes a efetivá-las caso eleito. Segundo o TSE, o número de vezes em que as propostas aparecem em um plano de gestão não necessariamente representa a quantidade de projetos para a população periférica. Essas propostas servem de acompanhamento para os eleitores durante a campanha e de cobrança após a eleição.

À frente nas pesquisas de intenção de voto, a candidata do Solidariedade, Marília Arraes, trata a pobreza como um dos principais temas da sua proposta de governo para as comunidades carentes de Pernambuco. Arraes, no entanto, não menciona a periferia em suas propostas.

Dos cinco principais candidatos ao governo de Pernambuco, Raquel Lyram (PSDB), é a que mais cita a periferia entre suas promessas de governo. Além do combate às desigualdades sociais, a candidata tucana fala sobre a fome dentro de bairros periféricos. 

“Uma população historicamente oprimida e sub-representada, sendo sempre a primeira a sofrer com crises econômicas e que também leva mais tempo para se recuperar. Parcela da população que inclui muitas crianças, tornando a situação ainda mais grave. Gente trabalhadora que não encontra emprego e pais e mães sem ter condições de alimentar seus filhos e filhas”, diz um trecho da proposta de Raquel. 

Assim como Marília Arraes, o candidato do PL, Anderson Ferreira, faz referência à periferia usando os termos “miséria” e “pobreza”, sem citar de forma direta a palavra periferia. Miguel Coelho, postulante do União Brasil, também foca na “pobreza” e “população mais pobre” ao se referir, indiretamente, às periferias. 

Danilo Cabral (PSB), pretende criar programas de garantia e complementação de renda, infraestrutura de assistência social, inclusão socioprodutiva e redes de proteção social para moradores das periferias de Pernambuco. Além da fome e da pobreza, o candidato promete focar em temas como direitos humanos e habitação. 

A pesquisa Conectar, divulgada nesta quarta-feira (24), aponta Marília Arraes à frente na corrida eleitoral, com 37% das intenções de voto. Na sequência, tecnicamente empatados, aparecem Raquel Lyra e Anderson Ferreira, ambos com 11%. Miguel Coelho tem 8% das intenções de voto, enquanto Danilo Cabral (PSB) tem 5%.

Nessas eleições, mais de 7 milhões de pernambucanos deverão ir às urnas, em outubro.

Fonte: Redação Terra
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