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Zelador usa WhatsApp para vender bebidas e faz sucesso

Leandro Oliveira começou a vender vinhos para ganhar uma grana extra e acabou se apaixonando pela área

3 jun 2022 - 05h00
(atualizado em 22/9/2022 às 17h33)
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Leandro compra os vinhos em São Roque e vende para clientes de São Paulo
Leandro compra os vinhos em São Roque e vende para clientes de São Paulo
Foto: Guilherme Zacarias/Agência Mural

No WhatsApp, na feira de domingo ou na lojinha virtual, seja qual for o meio de divulgação, para Leandro dos Santos Oliveira, 35, morador do Jardim Ingá, no distrito do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, o importante é estar próximo dos clientes para oferecer vinhos, licores e cachaças artesanais.

Baiano do município de Ruy Barbosa, a 321 km de Salvador, ele se mudou para São Paulo em 2011 em busca de emprego. De lá para cá, casou-se, teve um filho, trabalha como zelador e há um ano passou a investir na venda dos produtos para tirar uma grana extra.

“Devido a pandemia, as contas começaram a apertar e tive a ideia de começar a trabalhar com vinhos”, diz Oliveira, que descobriu o apetite dos brasileiros pela bebida durante uma aula do curso de técnico de segurança do trabalho. A informação foi o suficiente para motivar um dia inteiro de pesquisas, busca por fornecedores e rotas de entrega.

Isso foi numa terça-feira. Na quarta de manhã, Oliveira surpreendeu a família com uma viagem às pressas para São Roque, cidade turística no interior de São Paulo, em busca de vinícolas e outros parceiros para empreender. No fim do dia, voltou para casa com o porta-malas do carro cheio de vinhos.

“Quando cheguei aqui, já consegui vender tudo, aí na sexta-feira fui buscar mais e assim começou”, conta o empreendedor, que viu na distância uma oportunidade. “O pessoal gosta do vinho de São Roque, mas não tem tempo para ir buscar. Por isso tive a ideia de tê-los à disposição. É só pedir pelo ‘zap’ que entrego”.

Assim nasceu o “Leo Vinhos”, que tem opções de vinhos nacionais tintos, suave e bordô (a partir de R$ 20), sucos integrais (a partir de R$ 18) e licores e cachaças (a partir de R$ 40). “Dependendo de quantas garrafas a pessoa comprar, não cobro nada para entregar”, destaca o vendedor.

Carro do vendedor foi adaptado para expor as garrafas de vinhos e cachaças
Carro do vendedor foi adaptado para expor as garrafas de vinhos e cachaças
Foto: Guilherme Zacarias/Agência Mural

Expansão das vendas

Para dar conta dos pedidos e não deixar o estoque parado, ele aposta no WhatsApp como a principal ferramenta de divulgação. Todos os dias, publica as promoções nos status e envia mensagens em grupos de amigos e familiares, e em uma lista de transmissão com mais de 130 contatos.

Além das vendas pelo aplicativo, Oliveira criou uma lojinha virtual na plataforma WE Wine, onde seleciona opções de vinhos secos e espumantes importados e divulga para a própria rede. Os pedidos e o pagamento são feitos diretamente no site e o empreendedor ganha comissões por cada venda.

Aos domingos e nos dias de folga, também vai à feiras livres da região e expõe os produtos no porta-malas do carro. Seja na rua ou no mundo virtual, ele destaca o carisma como o que faz as vendas serem um sucesso. “O segredo de todo ramo é o atendimento, a qualidade do produto e a entrega rápida”, diz.

Em um ano de vendas, Oliveira conta que já revendeu mais de mil garrafas de vinho, o que dá quase três garrafas por dia, além das cachaças artesanais, gins e licores, que ele também busca no interior de São Paulo.

“Um vinho é sempre bem-vindo”

Uma das mensagens disparadas pelo WhatsApp chegou aos amigos da Bahia e o empreendedor não pensou duas vezes: marcou uma viagem de férias para rever a família e expandir as vendas. “Fui com meu tio de carro e levei uma mala com 50 vinhos”, diz Oliveira.

A essa altura, ele achava que não venderia tudo por causa do clima quente do estado, mas foi bem recebido. “Consegui vender tudo e o pessoal já está pedindo mais”.

O desafio agora é conseguir segurar o preço dos produtos e encurtar a distância entre São Roque, São Paulo e Bahia. “Um primo meu vai montar um comércio [em Ruy Barbosa] e quer que a gente monte uma loja de vinhos lá”, revela feliz com a possibilidade de expansão.

Seja no calor da Bahia ou no inverno de São Paulo, para ele um vinho é “sempre bem-vindo”. E um ano após investir na ideia da venda das bebidas para complementar a renda, ele já consegue começar a poupar uma parte do dinheiro. 

“Como quero comprar uma casa para mim. Já está dando para fazer uma poupança e deixar guardado”, finaliza.

Os pedidos de vinhos e outras bebidas podem ser feitos pelo WhatsApp, no número: (11) 97780-4145.

Agência Mural
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