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Cobertor vira sobretudo, travesseiro e bag para pessoas em situação de rua em SP

O clássico cobertor cinza é transformado em uma roupa versátil que dignifica quem sente frio, além de ser estilosíssima

24 jul 2025 - 07h57
(atualizado em 24/7/2025 às 08h01)
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Resumo
Projeto começou na pandemia, na zona leste de São Paulo, a partir do ponto de cultura São Mateus em Movimento. Neste ano, campanha pretende doar mil peças até o final do inverno.
Quem imaginaria o cobertor popular transformado em um sobretudo? Fernando Carvalho, o Negotinho, imaginou.
Quem imaginaria o cobertor popular transformado em um sobretudo? Fernando Carvalho, o Negotinho, imaginou.
Foto: Mateus Silva

Fernando Carvalho, o Negotinho, 45 anos, é cria da cultura hip hop e de São Mateus, zona leste de São Paulo. Para “materializar o rap”, está transformando os típicos cobertores de quem vive na rua em estilosos sobretudos, que viram travesseiro e bag. Até o final do inverno, quer doar mil peças.

Pouco antes da pandemia, Negotinho vinha do centro de São Paulo para casa e viu cobertores jogados. Veio a ideia: por que não os transformar em sobretudos? Foi fácil juntar as possibilidades, começando em casa, que é um ponto de cultura, o São Mateus em Movimento, atuante há 18 anos.

Negotinho é proprietário, desde 2011, da marca de roupas com o nome da mãe – Dona Vera Vest – e o hip hop havia ensinado que “rap é compromisso, não é viagem”, conforme cantou o rapper Sabotage.

Projeto de transformar cobertores em sobretudos começou durante a pandemia. Roupa vira travesseiro e bag.
Projeto de transformar cobertores em sobretudos começou durante a pandemia. Roupa vira travesseiro e bag.
Foto: Divulgação

Transformando cobertores de guerra em sobretudos

O incômodo de ver pessoas em situação de rua tratadas com descaso provocou Negotinho a pensar em “alguma coisa que faça essas pessoas serem tratadas de igual para igual. Entrar em um mercado com sobretudo é bem diferente do que com um cobertor nas costas”.

Ele os chama de “cobertores de guerra”, transformados em sobretudos, que, dobrados, viram bag e travesseiro. Quando a iniciativa começou, teve apoio de artistas como o ator Fernando Macario e o grupo de rap De Menos Crime. Até o início do ano, Negotinho calcula ter doado 800 peças.

A meta para este inverno é doar mais mil sobretudos-bags-travesseiros. Para isto, faz campanha de arrecadação na internet. Os sobretudos são encaminhados a pessoas e projetos que atuam com a população de rua, como o padre Júlio Lancellotti.

Cobertores colhidos resultam em sobretudos que distinguem o usuário no breu das noites e madrugadas.
Cobertores colhidos resultam em sobretudos que distinguem o usuário no breu das noites e madrugadas.
Foto: @andersonncostam

Não basta aquecer, tem que dignificar

Quando consegue cobertores de cores diferentes, Negotinho faz sobretudos coloridos para facilitar a identificação de quem usa à noite. Tem buscado cobertores impermeáveis que “são bons porque dá pra segurar uma garoa fina”.

Também pensa em uma linha infantil e peças para pets, pois quem vive em situação de rua tem animais de estimação, que geralmente cuidam com muito carinho. As doações não param.

“Doar, não; a gente chama de presentear”, corrige. “A gente fala presentear porque é mais digno, a pessoa se sente mais feliz”. Em tempo: o nome do projeto é “Sobre tudo, sobre vidas”. A sensibilidade do mano não tem limites.

Serviço

A campanha de arrecadação de fundos para produção de mil sobretudos está no ar até o final do mês de julho neste link.

Fonte: Visão do Corre
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