Proibidos: 3 lugares lindos em São Paulo que você não pode ir
Nem tudo é para todo mundo; conheça lugares incríveis em São Paulo onde não é permitida a visita pública
No mundo do turismo, tudo já parece ter sido explorado (em alguns casos, aliás, super explorado).
Mas nem tudo é para todo mundo. E é melhor que continue assim.
A seguir, você conhece três lugares incríveis em São Paulo onde não é permitida a visita pública, como uma ilha do litoral infestada de cobras com venenos mortais, outra que já serviu para treinamento militar e até uma espécie de vila de Lost, encravada na Serra do Mar.
Arquipélago de Alcatrazes
A 35 quilômetros da cidade, esse conjunto de ilhas é lindo, mas você só vai conhecer uma pequena parte dele.
Criado em 2016, no litoral norte paulista, esse Refúgio de Vida Silvestre tem 67,3 mil hectares e é a segunda maior Unidade de Conservação marinha de proteção integral no Brasil, atrás apenas de Abrolhos, na Bahia.
Esse antigo ponto de tiros de canhões da Marinha é uma área que protege ambientes naturais únicos e vida animal endêmica, como a minúscula perereca-de-alcatrazes e a jararaca-de-alcatrazes. O maior ninhal de fragatas do Brasil é endereço também de cerca de dez mil aves marinhas que costumam sobrevoar o arquipélago.
As visitas turísticas só podem ser feitas de duas maneiras: em mergulho autônomo (o que significa que você precisa ser certificado para mergulhar em um dos dez pontos, com profundidades de 5 a 30 metros, ou em visitas embarcadas, ou seja, sem nenhuma possibilidade de descer em terra.
Ilha da Queimada Grande
Nem se puder, você vai querer.
Esse pedaço de terra a 35 quilômetros da costa de Itanhaém é conhecido como a 'Ilha das Cobras'.
Sem praias ou enseadas para desembarque, a ilha é dominada por 15 mil jararacas-ilhoa, cuja picada pode matar uma pessoa em apenas seis horas. De coloração clara, essa espécie atinge até dois metros de comprimento e está isolada em uma ilha rochosa onde o alimento se resume a aves, daí a habilidade de subir em árvores.
Vila de Itatinga
(Bertioga)
Fechada para o turismo, desde 2012, essa vila de estilo vitoriano foi erguida por ingleses, em 1910, para abrigar funcionários da Usina Hidrelétrica de Itatinga, que até hoje abastece o porto de Santos e parte do distrito Vicente de Carvalho.
Chegar a essa vila escondida na Serra do Mar já é uma atração.
Primeiro, é preciso cruzar de barco o rio Itapanhaú. Dali, toma-se um trenzinho amarelo que faz o percurso de 7,5 km até a única rua da vila, onde se localizam cerca de 70 residências, além posto médico, clube, padaria e uma capela.
De tempos em tempos, sua reabertura volta a ser discutida, como o pedido do vereador Ney Vaz Pinto Lyra (PSDB), no início deste ano, para a liberação turística desse patrimônio histórico de Bertioga, porém ainda sem novidades.
Segundo o Viagem em Pauta apurou com uma moradora da vila, há estudos em andamento para uma possível reabertura do local, que já recebeu visitas técnicas das equipes do PERB (Parque Estadual Restinga de Bertioga) e da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), atual Santos Port Authority, para avaliação de trilhas e "locais possíveis de visitação".