Com poucos feriados, outono é tempo de viajar por São Paulo
A estação vai de 20 de março a 20 de junho [...]
Oficialmente, o outono começa nesta quarta-feira, 20 de março. Mas a Terra anda tão de cabeça quente que a gente nem sabe até quando o verão deve passar férias nos destinos turísticos de São Paulo.
Segundo o Climatempo, o fim dessa temporada será marcada ainda por onda de calor no Mato Grosso do Sul, parte oeste dos estados da Região Sul e em São Paulo, cujo último final de semana teve registros de temperatura superiores a 30 °C.
A estação das temperaturas, supostamente, mais amenas segue até o dia 20 de junho, quando começa a temporada de inverno.
Em 2024, o outono será marcado também pelas poucas opções de feriados prolongados como os da Semana Santa (29 de março - sexta-feira) e Corpus Christi (30 de maio - quinta-feira). Já os de Tiradentes (21/4) e do Dia do Trabalho (1º de maio) caem, respectivamente, num domingo e numa quarta-feira.
Destinos turísticos em São Paulo
Turismo grátis
Para quem está com o orçamento apertado para viajar ou não quer tirar o carro da garagem, o 'Vai de Roteiro' é um programa da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Turismo de São Paulo que estimula moradores a conhecerem a própria cidade.
Entre os 14 roteiros gratuitos estão a Floresta Cantareira e a região de Parelheiros que, de acordo com a semana, tem paradas no Selva SP e no The Roça Park.
São Paulo
Para quem vai ficar por aqui mesmo, a cidade está cheia de atrativos turísticos para a gente se sentir viajando, dentro da própria capital paulista.
De acordo com a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, a cidade tem mais de 100 parques e cerca de 40 mil hectares protegidos, em onze Unidades de Conservação municipais, como o PNM Bororé, parque Natural Municipal em uma península da represa Billings e acesso pela Balsa Bororé; e o PNM Itaim, em uma zona de transição entre a área urbana do distrito Parelheiros e setores mais preservados do extremo sul do município.
Já a Interparques é uma rota de 170 quilômetros de extensão que, embora ainda em fase de implementação, já é considerada a maior trilha na cidade de São Paulo.
O roteiro passa por áreas verdes como o PNM Jaceguava, com área para piquenique e Mirante da Trilha do Saci (2 quilômetros, aproximadamente), às margens da Represa Guarapiranga, em Parelheiros; e o PNM Varginha, procurado por grupos de ciclistas, a 30 quilômetros do Centro.
Floresta Cantareira
Considerada uma das maiores florestas urbanas do mundo, a Cantareira tem 7.900 hectares de remanescentes de Mata Atlântica, entre os municípios de São Paulo, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras.
Dividida em três núcleos (Pedra Grande e Engordador, na capital paulista; e Águas Claras, em Mairiporã), oferece opções de caminhadas que vão de 320 metros a 7,4 quilômetros de extensão e diferentes graus de dificuldade.
Um dos destaques do parque é a Pedra Grande, caminhada a partir da entrada do Horto Florestal, um afloramento rochoso de granito que serve como mirante natural a 1.010 m de altitude, aproximadamente, e tem vista panorâmica de parte da cidade.
Serra do Mar
O Núcleo Curucutu fica entre São Paulo, Itanhaém, Mongaguá e Juquitiba, e é conhecido por um circuito que reúne três trilhas: Mirante, Bica e Capelinha.
De dificuldade média, esse percurso de 1,6 quilômetros passa por atrativos como a capelinha histórica erguida por antigos moradores, o marco entre os municípios de São Paulo e Itanhaém, e um mirante elevado que, em dias de céu claro, permite avistar a Estação Ecológica da Jureia e municípios litorâneos como Praia Grande, Peruíbe e Mongaguá.
Com entrada por Marsilac, distrito no extremo sul da capital paulista, esse parque está a 60 quilômetros da Praça da Sé, aproximadamente, e a apenas 15 quilômetros de Itanhaém, no litoral sul.
São Paulo com cara de interior
O Polo de Ecoturismo fica no extremo sul da cidade, em distritos como Parelheiros e Marsilac, e conta com opções de hospedagem para quem quer ter uma experiência rural.
São 120 pequenos empreendedores e quase 600 propriedades rurais de produção orgânica. Aliás, algumas contam inclusive com opção de hospedagem em meio às artes populares, história e, claro, muita Mata Atlântica no quintal, como o Sítio Reino Encantado, em Marsilac, o último bairro no sul da cidade.
Essa espécie de hotel-fazenda é equipado com casa principal, piscina e uma extensa área verde para caminhadas, além de abrigar uma antiga olaria da década de 1970 com fornos de produção de tijolos da época.
Em Parelheiros, ficam o Hostel Terceiro Lago, às margens da Represa de Guarapiranga, e o Centro Paulus, com jeitão de hotel do interior, quartos bem espaçosos, escritório, refeitório, salas de aula, cozinha, ateliê e lareira.
Hotéis-fazenda
Segundo a Secretaria de Turismo e Viagens do Estado, atualmente, São Paulo tem mais de mil propriedades rurais mapeadas e com proposta turística, como fazendas históricas, campings, pesque-pague e restaurantes de comidas regionais.
E, mais do que café colonial, cachaça e comida no fogão a lenha, esses estabelecimentos são uma oportunidade rara de se hospedar em hotéis-fazenda que levam o visitante para dentro de construções do século 19, mas com o conforto do século 21.
Neste link ou no site do Viagem em Pauta (viagemempauta.com.br), você conhece opções de hospedagem, como as históricas Fazenda Capoava, localizada em um casarão do final de 1750, em Itu, e a clássica Dona Carolina, em Itatiba, a 80 quilômetros de São Paulo.
Atibaia
Fica logo ali, a 65 quilômetros da capital; é compacta, são cerca de 145 mil habitantes; e tem opções de atrações ao ar livre.
Mais do que endereço da tradicional festa de morangos, essa Estância Turística tem atividades como voo livre sobre a Serra do Itapetinga e passeios 4×4 até a Pedra Grande.
Para quem não é chegado numa aventura, o destino conta também com um santuário católico que serve de peregrinação, parque público com árvores centenárias e um orquidário com roteiros rurais.
Parque das Neblinas
Nos municípios de Mogi das Cruzes e Bertioga, esse parque tem uma reserva ambiental de sete mil hectares de Mata Atlântica com opções de turismo para todos os perfis de visitantes.
Com mais de 1.200 espécies e 530 nascentes, fica a 115 quilômetros da capital e tem trilhas e canoagem no rio Itatinga.
As caminhadas podem ser autoguiadas (com trechos de 360 a 1.950 metros de extensão) e monitoradas, como a Trilha da Pedra Riscada (10 quilômetros e com travessias de rios e vista da cachoeira) e a Trilha do Mirante (11 quilômetros de extensão e nível médio de dificuldade).
Todas as opções exigem agendamento prévio obrigatório.
Itu
A cerca de 100 quilômetros da capital, a cidade tem um dos mais belos centros históricos do interior paulista, com construções coloniais e ruas de paralelepípedos.
Destino perfeito para um final de semana, Itu tem não só arquitetura bem preservada e museus históricos, mas também fazendas coloniais abertas para visitação e parque geológico de tempos glaciais.
Entre os destaques estão a Fazenda do Chocolate, opção completa para a família, como passeio de trenzinho, orquidário, museu, réplica de ambientes históricos, adega e loja de chocolate, e o Parque do Varvito, antigo local de geleiras, há 280 milhões de anos, conhecido pelos exemplares de varvito, rocha sedimentar formada por uma sequência de lâminas.
Circuito das Águas
Esse roteiro turístico abriga nove cidades de regiões montanhosas do interior de São Paulo, em destinos a 127 quilômetros da capital, aproximadamente.
É ali que ficam destinos temáticos como a Capital Nacional da Água Mineral, a Capital Brasileira do Termalismo, a Capital Nacional das Flores e até uma cidade que fez da aventura sua principal atividade turística.
Esse consórcio criado em 2004, na Serra da Mantiqueira, é formado pelos municípios de Águas de Lindoia, Lindoia, Amparo, Socorro, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedreira e Serra Negra.
Socorro
Primeiro, foi o turismo das águas termais; logo, veio a fama com a produção de malhas; e, mais recentemente, a cidade radicalizou com um cardápio de mais de 20 atrações para aventureiros, como uma tirolesa com um quilômetro de extensão e o rapel em um paredão rochoso, a 100 metros de altura.
Não é à toa que a Estância Hidromineral de Socorro é considerada a primeira cidade do país a conquistar certificação internacional para atividades do gênero.
Porém, mais do que 'Cidade da Aventura', esse destino na Serra da Mantiqueira é conhecido também pelo turismo rural em alambiques, pelas compras de roupas em um dos maiores polos do gênero em todo o estado de São Paulo e até por abrigar uma das maiores cavernas de granito do Brasil.
São Bento do Sapucaí
A 185 quilômetros de São Paulo, em meio à Serra da Mantiqueira, a meca da escalada paulista é conhecida pelo Monumento Natural Estadual da Pedra do Baú.
Mesmo quem não tem nenhuma experiência com esse tipo de atividade, feita inclusive por crianças, pode encarar o desafio de subir os mais de 300 degraus de uma escadaria com grampos de ferro chumbados na rocha, conhecida também como Via Ferrata.
No total, são cerca de 3,5 quilômetros de extensão, incluindo uma caminhada de 1,8 quilômetros em meio à mata que segue até a base da Pedra do Baú. A experiência dura entre cinco e sete horas.
O destino é conhecido também pelas capelinhas em mosaico, arte quilombola e ateliê de tecidos Nakawe.
Cunha
Um dos destaques é o Núcleo Cunha doParque Estadual da Serra do Mar, área com mais de 13 mil hectares com destaque para cachoeiras que podem ser visitadas em trilhas autoguiadas ou com acompanhamento de guias contratados no local, margeando cursos d'água como os rios Bonito, Ipiranga e Paraibuna.
Entre as opções estão a Trilha do Rio Paraibuna, caminhada autoguiada de 1,7 quilômetros de extensão (ida e volta), passando por pequenas quedas d'água e piscinas naturais para banho, e a das Cachoeiras, com 14,4 quilômetros (ida e volta) e trechos que podem ser feitos de carro ou de bike.
A 230 quilômetros de São Paulo, o destino tem também campos de lavandas e ateliês de cerâmica abertos para visita.
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