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Treinos de equilíbrio podem reduzir risco de queda em pessoas com Parkinson, aponta estudo da USP

Estudo envolveu 19 pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e avaliou treinamentos de perturbações do equilíbrio corporal e de resistência

28 abr 2024 - 15h10
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Entre os sintomas da doença de Parkinson, um dos principais é o congelamento da marcha, uma condição em que ocorre a perda repentina da capacidade de movimentar os pés, aumentando o risco de quedas. Recentemente, uma pesquisa conduzida pela Escola de Educação e Esporte (EEFE) da Universidade de São Paulo (USP) ofereceu uma nova abordagem para esse sintoma, revelando que treinamentos que desafiam o equilíbrio corporal podem minimizar a gravidade.

O estudo, liderado por Caroline Ribeiro de Souza e orientado pelo professor Luis Augusto Teixeira, envolveu 19 pacientes do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP, que foram divididos em dois grupos: enquanto um realizou o treinamento de equilíbrio baseado em perturbações, o outro seguiu um protocolo de treinamento de resistência muscular.

No grupo de equilíbrio, os participantes foram expostos a perturbações por meio de uma plataforma móvel, que se deslocava da esquerda para direita (movimento de translação) e também inclinava (movimento de rotação). Foram realizados 128 movimentos por sessão, totalizando 1.024 ao final do estudo. Já no grupo de resistência, os pacientes realizaram exercícios em máquinas de força (supino torácico, remador e leg press, por exemplo), visando fortalecer os músculos dos membros superiores e inferiores.

Resultados

Para avaliar os resultados, ambos os grupos foram submetidos a uma nova sessão na plataforma 30 dias após o término das sessões de treinamento. Durante essa sessão, os participantes executaram movimentos específicos, incluindo elevação dos braços e ligeiro levantamento de uma das pernas, que simulavam situações de quase-queda.

Os resultados revelaram que tanto o treinamento de equilíbrio baseado em perturbações quanto o treinamento de resistência contribuíram para a redução do congelamento de marcha. No entanto, os participantes que seguiram o treinamento de equilíbrio demonstraram uma resposta mais estável às perturbações, sendo que o desempenho se manteve mesmo após um mês sem realização dos exercícios.

"A persistência dos resultados mostra que essa pode ser uma opção eficiente como recurso terapêutico para a prevenção de quedas no cotidiano. Outro ponto que vale destacar é o uso da análise dos movimentos específicos para realizar a avaliação da estabilidade postural, pois trata-se de um método fácil de ser aplicado, inclusive na prática clínica", destacou a pesquisadora Caroline Ribeiro em entrevista ao Jornal da USP.

Estadão
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