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Sexo oral aumenta risco de câncer na boca, mas vacina protege

12 nov 2024 - 06h55
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Resumo
Homens correm risco de contrair formas perigosas de HPV oral ao longo da vida, evidências dos EUA, Brasil e México sugerem aumento de cânceres orofaríngeos; vacinação em homens de meia-idade pode ajudar a prevenir a formação de cânceres associados ao HPV na garganta e na boca.
Sexo oral aumenta risco de câncer na boca, mas vacina protege:

Homens correm o risco de contrair formas perigosas de papilomavírus humano (HPV) oral ao longo de suas vidas, de acordo com uma nova pesquisa. Para prevenir a formação de cânceres associados ao HPV na garganta e na boca, os autores do estudo esperam que suas descobertas ajudem a melhorar a cobertura vacinal, não apenas entre homens jovens, mas também entre homens de meia-idade que perderam a oportunidade de se vacinarem anteriormente.

Cânceres orofaríngeos, que ocorrem na garganta e na boca, atingiram níveis epidêmicos em algumas partes do mundo, incluindo os EUA e a Europa, e os homens têm muito mais probabilidade de receber esse diagnóstico do que as mulheres, mesmo se não tiverem outros fatores de risco para câncer, como fumar ou consumir álcool.

As novas evidências dos EUA, Brasil e México sugerem que uma infecção evitável está contribuindo para esse aumento.

Entre 3.137 homens saudáveis, de 18 a 70 anos, os pesquisadores descobriram que o risco de adquirir uma nova cepa de HPV causadora de câncer "não variou com a idade". Em outras palavras, os homens são suscetíveis à infecção ao longo de toda a vida, não apenas na juventude.

O HPV pode ser transmitido sexualmente e, embora nem todas as cepas do vírus causem câncer, as cepas HPV-16 e HPV-18 estão presentes em até 90% dos casos de câncer oral associado ao HPV. A boa notícia é que existe uma vacina, e ela protege contra ambas as cepas.

A má notícia é que jovens do sexo masculino estão recebendo a vacina contra o HPV em taxas muito mais baixas do que jovens do sexo feminino, o que pode explicar por que os cânceres orofaríngeos continuam a aumentar, mesmo enquanto os casos de câncer de colo do útero diminuem.

Assista ao vídeo com o comentário de André Forastieri.

(*) André Forastieri é jornalista, empreendedor, Top Voice LinkedIn e fundador da plataforma Homework. Se você curtiu esse vídeo e quer receber conteúdos exclusivos, assine sua newsletter aqui, é grátis: andreforastieri.com.br

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