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Sem covas disponíveis, Porto Velho decide comprar túmulos em cemitérios particulares

Houve aumento de 78% no número de sepultamentos de vítimas da covid-19 de janeiro a fevereiro; Estado não tem mais leitos de UTI vagos

4 mar 2021 - 17h38
(atualizado às 17h42)
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RIO BRANCO - O aumento no número de mortes pela covid-19 obrigou a prefeitura de Porto Velho a abrir licitação emergencial para comprar gavetas em cemitérios particulares da cidade. Não há mais espaço para abertura de novas covas nos cemitérios públicos da capital rondoniense.

De janeiro a fevereiro deste ano, houve aumento de 78% no número de sepultamentos de vítimas da covid-19. A informação foi divulgada pelo gerente da Divisão de Cemitérios, Gilbson Moraes. "Aproximadamente mil covas foram abertas de março do ano passado para cá."

A prefeitura de Porto Velho acredita que até a próxima semana a licitação já deverá estar finalizada, possibilitando a contratação das novas sepulturas. Enquanto isso, o sistema de saúde do Estado segue em situação crítica, operando com 100% da capacidade. Não há mais leitos de UTI disponíveis.

A Secretaria de Saúde de Rondônia informou que há, nesta quinta-feira, 4, 86 pessoas aguardando a liberação de leitos de terapia intensiva. Isso porque todos os 322 leitos disponíveis na rede pública e privada estão ocupados. Diante disso, haverá toque de recolher em todo o Estado, diariamente, das 21h às 6h. Nos finais de semana, haverá lockdown.

"Começamos anteontem com 60 pessoas aguardando leitos de UTI, amanhecemos ontem com pouco mais de 90 pessoas aguardando leitos e quando eram 17h, já tínhamos 102 pessoas esperando. Quando olhamos as redes sociais, parece um obituário", desabafou o governador Marcos Rocha (PSL).

A situação do sistema de saúde também é crítica em outros Estados brasileiros. No Rio Grande do Sul, a ocupação de leitos chegou a 100% da capacidade, e há 288 pessoas aguardando por leito de terapia intensiva. Em Goiás, há fila de 300 pessoas esperando vaga. Em Santa Catarina,outros 251 pacientes internados aguardam UTI.

Estadão
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