Repórter da Globo que entrevistou Carlinhos de Jesus também sofre com doença neurológica; saiba qual
Renata Capucci se emocionou ao conversar com dançarino durante podcast 'Isso É Fantástico'
Renata Capucci revelou luta contra o Parkinson, diagnosticado em 2018, destacando a importância de conscientizar sobre a doença neurológica e combater estigmas, enquanto Carlinhos de Jesus enfrenta bursite trocantérica bilateral e tendinite nos glúteos.
A repórter Renata Capucci se emocionou durante uma entrevista com o dançarino e coreógrafo Carlinhos de Jesus que foi ao ar no Fantástico, da Rede Globo, no último domingo, 31. O artista relatou que vem sentindo dores na perna direita e que perdeu parte da força para andar após ter sido diagnosticado com bursite trocantérica bilateral e tendinite nos glúteos, uma doença neurológica e autoimune.
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Capucci, no entanto, também sofre com uma doença neurológica degenerativa. Em 2018, a jornalista foi diagnosticada com Parkinson, aos 45 anos, mas só tornou a informação pública quatro anos depois. Em entrevista ao Sem Censura, da TV Brasil, Capucci revelou que decidiu trazer a notícia à tona durante um episódio do podcast Isso É Fantátisco, sobre doenças degenerativas.
"Chamei minha pequena, que na época tinha 9 anos, e falei: 'Olha, a mamãe está tornando pública uma doença que a mamãe tem, mas não muda nada'. Antes de ela ouvir de outra pessoa, era melhor que ouvisse de mim. Eu não ando com uma plaquinha em cima da cabeça, um LED piscante assim: 'Eu tenho Parkinson'. Eu acho que essa não é a ideia. A ideia é trazer luz sobre algo que eu acho que ainda tem um estigma muito grande e um preconceito muito grande", disse.
Segundo a jornalista, ela não gosta de ser apontada apenas como uma pessoa que tem Doença de Parkinson, mas, sim, como alguém que é referência na luta contra a doença. "Todas as pessoas que lutam contra doenças são guerreiras, claro, e não gostam de ser apontadas como coitadas. Ao contrário, eu luto assim como quem tem outras doenças, todo mundo merece respeito", disse.
Sergio Jordy, neurologista da Rede D'OR, explicou ao Terra que entre os sinais clássicos do Parkinson estão a rigidez, a lentidão. a instabilidade postural e o tremor. "Muitas vezes o paciente pode apresentar sinais sutis anos antes de apresentar os sintomas clássicos, como a perda do olfato, alterações do sono, constipação, depressão ou ansiedade", disse.
De acordo com o especialista, apesar de não ter cura, o tratamento para a doença vem evoluindo com novas medicações ao longo dos anos. "Existem as medicações de liberações mais lenta, estimuladores como o DBS e imunoterapia em desenvolvimento", afirmou.
Ainda durante o Sem Censura, a repórter comentou que recebe diversas mensagens de seguidores que também têm o diagnóstico da doença. "Eu recebo, pelo menos, cinco mensagens por semana, de gente que acabou de ser diagnosticada com a doença. Se esse foi o preço que eu paguei [por falar sobre o Parkinson], então está valendo. Porque se eu puder ajudar uma pessoa a entender o que é essa doença, já valeu", declarou.